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Brasileiro preso no Peru estaria em solitária há uma semana

Asteclínio Ramos Neto está preso desde abril depois de ter avião abatido

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Asteclínio Ramos Neto está preso desde abril depois de ter avião abatido

Asteclínio Ramos Neto está preso desde abril depois de ter avião abatido

DA REDAÇÃO (com UOL) – O brasileiro Asteclínio Ramos Neto, preso em abril
deste ano após um acidente aéreo na região de Satipo, no Peru, estaria em regime de solitária há uma semana em uma penitenciária na capital do país, Lima. A informação é do advogado do piloto, Rodrigo Faucz. O Itamaraty, que acompanha o caso, nega essa versão.

Ramos Neto foi ferido em operação militar enquanto trabalhava como piloto particular, tendo o colombiano Carlos Andrés Giraldo Velasco como copiloto. O Exército peruano disse inicialmente que o avião já estava caído no local, mas o processo criminal mostra marcas de tiros na fuselagem do avião, indicando que teria sido abatido. A dupla recebeu prisão preventiva porque a região de Rio Tambo, sobrevoada pela aeronave, é conhecida por ser rota do tráfico de drogas. Entretanto, nenhum tipo de droga foi encontrado no avião em que os brasileiros estavam.

Segundo Faucz, Asteclínio teria ligado para ele para informar que estava em um local chamado “calabouço”, no subsolo do presídio em Lima, sem acesso a luz e outros presos. “Está passando frio lá”, disse. Além disso, o piloto de Curitiba afirmou que ouviu do cônsul brasileiro que trata do caso, Francisco Eduardo Novello, que ele só estaria neste local “por causa dos pedidos insistentes de seu advogado e da família”.

“Todos os nossos pedidos foram para que ele tivesse imediato atendimento médico. Em nenhum momento fizemos qualquer pedido para que ele fosse para outro presídio ou mesmo que ele fosse para um local pior”, explica o advogado.

Asteclínio teve ferimentos causados por balas no tórax e no braço, enquanto o copiloto Carlos Velasco se feriu na perna e continua internado. A prisão preventiva tem previsão para durar nove meses. Após esse prazo, uma audiência será realizada, e há a possibilidade da prisão ser prorrogada por até 27 meses. A defesa do brasileiro sustenta que não há prova alguma de que ele cometeu crime, e por isso não deveria estar preso.

O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) negou, por meio da assessoria de imprensa, que Asteclínio esteja nas condições citadas por seu advogado. Também afirmou que a frase atribuída ao cônsul Francisco Novello –que a suposta ida do brasileiro à solitária ocorreu “por causa dos pedidos insistentes de seu advogado e da família”– é inverídica.

“O senhor Asteclínio Ramos encontra-se desde 14 de julho em centro de detenção do Palácio de Justiça em Lima, onde se encontra no aguardo de transferência para estabelecimento penal onde poderá realizar exames clínicos inacessíveis no local de sua detenção anterior, em Satipo, no interior do Peru.

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