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Em 72 horas de campanha, Hillary muda de opinião sobre casamento gay

Candidata democrata à presidência dos Estados Unidos defenderá validade de união de pessoas do mesmo sexo em nível nacional, contrariando declarações que havia dado recentemente

Em 72 horas de campanha, Hillary muda de opinião sobre casamento gay

DA REDAÇÃO (com The Guardian e Veja) – Em pouco mais de 72 horas do início de sua campanha política à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, candidata pelo partido democrata, mudou de ideia com relação ao casamento gay. Os assessores de Hillary confirmaram ao jornal britânico The Guardian que ela defenderá a validade da união de pessoas do mesmo sexo no âmbito federal, contrariando declarações recentes em que respaldou a independência de cada Estado para legislar sobre o assunto.

“Hillary Clinton apoia o casamento igualitário e espera que a Suprema Corte garanta este direito constitucional aos casais do mesmo sexo”, afirmou Adrienne Elrod, porta-voz da campanha.

A decisão da Suprema Corte à qual Hillary se refere diz respeito a uma audiência marcada para o próximo dia 28. Os magistrados começarão a ouvir os argumentos referentes à constitucionalidade da proibição imposta por alguns Estados americanos ao casamento gay. A expectativa é de que um parecer seja divulgado em junho.

Organizações de defesa dos direitos LGBT comemoraram a declaração de Hillary. Os ativistas, no entanto, reconheceram que o comunicado da campanha pode ter sido motivado por questões políticas.

Para Gregory Angelo, presidente de um grupo que advoga em favor da comunidade gay, “foi bom ver Hillary, após tanta procrastinação, ter finalmente vindo à linha de frente”. Chad Griffin, outro ativista da causa LGBT, disse que o comunicado da candidata foi “forte”.

Diferente de Bill
A declaração emitida pela campanha também pode ter o objetivo de distanciar a candidata da imagem de Bill Clinton, marido de Hillary e ex-presidente dos Estados Unidos. Durante a sua administração, Bill tornou federal o Ato de Defesa do Casamento (Doma), o qual proibiu o governo americano de reconhecer os casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Boa parte da legislação foi derrubada pela Suprema Corte em 2013. Além disso, Bill aprovou a controversa lei “don’t ask, don’t tell”, que proibiu homens e mulheres declaradamente homossexuais de servirem no Exército.

Legado maldito
O ex-presidente George W. Bush afirmou na quinta-feira (16) que o maior empecilho para a candidatura presidencial de seu irmão, Jeb Bush, é o legado de seu própio governo.

Embora ele ainda não tenha formalizado sua intenção de concorrer à Casa Branca, a imprensa americana já aponta Jeb como o principal adversário de Hillary na disputa. Bush afirmou que dificilmente fará campanha pelo irmão para evitar que sua impopularidade possa prejudicá-lo.

“É por isso que vocês não me verão por aí. E ele não precisa me defender. Ele é totalmente diferente de mim”, afirmou o ex-presidente, segundo o site Politico. “O papel da família não é ser um conselheiro político, pois já existem muitos desses por aí. O papel da família é dizer: ‘Ei, cara, eu te amo’”.

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