Histórico

Morre em Massachusetts tia imigrante de Barack Obama

Zeituni Onyango
Zeituni Onyango morreu numa clínica de reabilitação de Boston

DA REDAÇÃO com Agências – Uma tia de Obama, cujo status imigratório ilegal chegou às manchetes dos jornais antes da eleição do presidente em 2008, morreu na terça-feira (8), em Massachusetts. A advogada Margaret Wong, que representava a tia do presidente no caso imigratório, disse que Zeituni Onyango morreu numa clínica de reabilitação de Boston.

A advogada disse que Onyango, de 61 anos, e meia-irmã do pai do presidente, sofria de câncer e problemas respiratórios. Onyango veio do Quênia para os Estados Unidos em 2000 e teve um pedido de asilo recusado por um juiz em 2004. Mas permaneceu vivendo ilegalmente no país, morando num abrigo público de Boston.

O caso foi às manchetes antes da eleição de Obama em 2008. Wong, que chama Onyango de “tia”, recorda que ela era uma “alta, esbelta e elegante senhora, que lidava muito bem com computadores”.

“Depois da perseguição que sofreu durante a campanha de 2008, ela lutou bastante pela sua residência legal”, disse Wong em nota divulgada à imprensa. “Ela adorava viajar, principalmente de trem, e tirava muitas fotos por onde passava”.

Onyango acabou conseguindo o asilo em 2010, concedido por um juiz que concluiu que ela poderia sofre algum perigo se voltasse ao Quênia, por conta de seu parentesco com Obama. Wong disse ainda que Onyango escreveu um livro de memórias, chamado ‘Tears of Abuse’ (Lágrimas por Abuso), publicado em 2012 pela Afripress Publishing Holdings.

No livro, Onyango fala sobre sua família: “O clã Obama é como uma árvore baobá; sua força está nas raízes. A determinação para buscar resultados é louvada…”

Obama conheceu pela primeira vez o lado paterno da família durante uma viagem à África, quando jovem. Referiu-se a Onyango como a “titia Zeitune” na descrição da viagem que fez em suas memórias. Obama diz ainda que ela era “uma mulher orgulhosa”.

Depois que seu status imigratório foi revelado no ‘Times of London’, a campanha de Obama afirmou que o então candidato tinha se encontrado com ela poucas vezes, desde a viagem de retorno que ele fez na companhia da primeira dama Michelle ao Quênia, em 1992.
Onyango visitou a família do presidente em Chicago, com um visto de turista, a convite de Obama, no final dos anos 90. Ela fez uma contribuição de $260 para a corrida presidencial de 2008, mas a coordenação da campanha devolveu o dinheiro depois que soube que ela vivia ilegalmente no país.

Wong disse ainda que Onyango não guardou mágoa por causa da devolução da doação, e que permaneceu uma feroz defensora do sobrinho durante os primeiros anos da sua presidência.

“Toda vez que alguém dizia que o presidente poderia ter feito isso ou aquilo para ajudá-la ela respondia que o presidente é ‘apenas um ser humano’. Não houve nenhum ressentimento.”

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