Histórico

Orlando City quer conquistar o futebol nos Estados Unidos e ter a maior torcida do país

Brasileiro dono do time americano quer ter 40 milhões de torcedores, mais que Corinthians e Flamengo

À esquerda, ao lado de Kaká o brasileiro Flávio Augusto da Silva, dono do clube
À esquerda, ao lado de Kaká o brasileiro Flávio Augusto da Silva, dono do clube

DA REDAÇÃO COM VEJA

Com visão de negócios e a paixão por futebol em mente, o empresário brasileiro Flávio Augusto da Silva, quer transformar o seu time, o Orlando City, em uma marca reconhecida no mundo. Além disso, depois do sucesso durante a Copa do Mundo, ele quer colocar o futebol definitivamente na lista dos esportes preferidos dos americanos. Para isso, os investimentos não páram. Em 2015, o Orlando City entra na primeira divisão e Flávio já avisou: “É possível transformar um clube de Orlando em uma marca global”, disse.

A empreitada começou com a contratação ex-campeão Kaká, mas Flávio promete não parar por aí. O foco vai ser os novatos bom de bola na sua terra natal, Brasil. “Um mercado muito interessante no momento é o de jogadores jovens, de 18, 19 anos, que jogaram nas categorias de base da seleção mas ainda não tiveram espaço em seus clubes. Em breve vamos anunciar jogadores brasileiros com esse perfil. Não estamos preocupados com a etiqueta, mas com a qualidade dos jogadores”, avisa.

O mercado da bola promete e Flávio já percebeu o potencial do esporte no país do Beisebol e futebol americano. Para 2015, estreia do OC na MLS (Major League Soccer) o público parece que já está ansioso. “Com oito meses de antecedência, já vendemos mais de 160.000 ingressos para a temporada de 2015. Foram 8.000 pacotes para a temporada. Os ingressos variam entre 450 dólares (cerca de 1.020 reais) até 1.500 dólares (cerca de 3.400 reais) pela temporada regular, que tem vinte jogos em casa. Até a estreia, pretendemos vender cerca de 20.000 season tickets (para toda a temporada), o que já nos garantiria público bem melhor do que a média do Campeonato Brasileiro”, disse ele.

O brasileiro, fundador da rede de escolas WiseUp no Brasil, comprou o Orlando City, que tinha apenas um ano de vida e disputava a USL Pro, uma espécie de terceira divisão do futebol local, em 2012. O plano de investimento (e como requerimento para participar da MLS) inclui além das contratações a construção de um estádio. O projeto não é solitário, Flávio conquistou investidores e até o apoio do governo da Flórida, que se entusiasmou com a possibilidade de atrair ainda mais turistas à terra da Disney com o futebol. Orlando recebe anualmente recebe mais de 60 milhões de turistas.

Flávio também investe na repentina paixão dos torcedores americanos pelo futebol. A mudança foi vista durante a Copa do Mundo 2014 no Brasil. Em um evento organizado por seu clube, cerca de 30 mil pessoas se reuniram em Orlando para assistir às quatro partidas da seleção americana. “Podemos ser como os jesuítas e catequizar o torcedor americano, porque ele não tem time. Podemos ter 40 milhões de torcedores, mais que Corinthians e Flamengo”, diz ele entusiasmado com o novo negócio.

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