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Brasileira é presa pelo ICE na hora da entrevista para o green card

Ela tinha uma ordem de deportação em aberto e foi detida em Massachusetts

Uma brasileira casada com um americano foi detida nos Estados Unidos, na quinta-feira (30), enquanto fazia uma entrevista para obter o green card, em Lawrence (MA). Ela tinha uma ordem de deportação em aberto e nenhum antecedente criminal. As informações são do ICE e do G1.

O nome dela não foi divulgado, mas, segundo o dono do escritório de advocacia que a representa, William Joyce, ela é dona de um salão de beleza na região de Boston, mora no país há mais de 10 anos, tem um filho e ajuda a criar outros dois enteados, filhos do marido.

Antes de se casar com o americano, ela vivia no país ilegalmente. Ao comparecer à entrevista para regularizar a situação, já que teria direito ao green card após o casamento, foi detida junto com outras quatro pessoas em situação parecida.

A brasileira tinha acabado de completar sua sessão de perguntas e respostas, quando um agente da ICE entrou no escritório e informou que havia uma ordem de deportação contra ela e seria detida naquele momento.

O advogado disse que o ICE agiu dentro de sua autoridade ao levar a brasileira sob custódia. “Sim, eles têm autoridade para isso, mas normalmente não vemos pessoas detidas nesse ambiente, porque eles estão dando o primeiro passo para obter um status legal”, explica. A brasileira está sob custódia do ICE na Casa de Correções do Condado de Suffolk.

Segundo o advogado, o que aconteceu com a brasileira se tornou mais comum durante a administração de Donald Trump. “Na era Obama era diferente. Eles apenas ficavam de olho em você, mas não te prendiam”, diz.

O advogado disse que a brasileira sabia que havia uma possibilidade de ser detida, mas, se não comparecesse à entrevista, poderia perder a chance de conseguir a residência.

Atualmente, ela se encontra em uma prisão local e pode ser deportada em questão de semanas.

“Ela não é uma criminosa. É uma pessoa boa, com fortes laços com a comunidade. O que fizeram foi afastar uma mulher de sua família”, defendeu Joyce, acrescentando que o escritório fará “de tudo” para que ela seja liberada e possa ficar nos EUA.

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