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Casal de mexicanos é preso acusado de assassinatos de pelo menos vinte mulheres

Eles foram presos quando caminhavam com um carrinho de mão que continha o cadáver de uma mulher

Juan Carlos e Patricia foram presos
Juan Carlos e Patricia foram presos

DA REDAÇÃO – Um casal foi preso na última sexta-feira (5) em Ecatepec de Morelos, no México, sob a acusação pela morte de pelo menos 20 mulheres, em uma série de crimes de feminicídio que chocou o país. As informações são da Agência EFE.

Identificados como Juan Carlos N. e Patricia N., eles foram presos quando caminhavam com um carrinho de mão que continha o cadáver de uma mulher, que supostamente seria abandonado em um terreno baldio da região.

As autoridades encontraram na residência onde o casal morava com seus três filhos – dois meninos e um bebê – oito recipientes de plástico com restos humanos cobertos de cimento, revelou a promotoria. Em um refrigerador foram encontrados mais corpos congelados, enrolados em sacos plásticos, segundo os promotores.

A confissão do casal sobre como os assassinatos ocorreram chocou os promotores, segundo o procurador-geral do Estado do México, Alejandro Jaime Gómez Sánchez, que os classificou como “feminicidas em série”.

“Com toda naturalidade, ele admitiu ter participado de ao menos 20 feminicídios, e nos deu características e detalhes específicos de dez caso. Deu os nomes das vítimas, as roupas que vestiam na ocasião”, informou Gómez Sánchez, ao comentar a confissão de Juan Carlos N.

“Nunca havíamos enfrentado um caso desta natureza. Classifico esta pessoa como um um ‘feminicida’ em série”, destacou Gómez, sobre Juan Carlos N..

O homem declarou à Promotoria ter “abusado sexualmente de algumas mulheres antes de assassiná-las, e posteriormente vendeu seus corpos, assim como seus pertences”. Após a confissão, as autoridades recuperaram um bebê de 2 meses que o casal vendeu depois de ter assassinado a mãe da criança.

Segundo Gómez Sánchez, o suposto assassino mostrava alegria quando narrava os fatos, sem qualquer indício de remorso, e que para ele os crimes representavam “uma questão de orgulho”. “Ele nos passa estes dados com vontade de sair na foto, que as pessoas o conheçam”, acrescentou.

Exames psiquiátricos oficiais revelaram que o homem apresenta um “transtorno mental psicótico e de personalidade”, e a mulher “tem um retardo mental de nascimento e um delírio induzido adquirido, mas ambos sabem distinguir entre o bem e o mal”, segundo o promotor.

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