O prefeito do condado de Miami-Dade, Carlos Gimenez, disse que sua administração vai cooperar com as ordens executivas de Trump contra as chamadas cidades-santuário para imigrantes irregulares, mas pediu que o ICE pague ao condado o custo das detenções que virão com as medidas. Miami-Dade possui um dos maiores contingentes de residentes nascidos fora do país, informou o website Politico.
“Se o ICE pede a detenção de alguém preso por nós — não por questões imigratórias, porque não somos agentes da imigração — julgamos que o ICE deva pagar a conta e arcar com a responsabilidade de encarcerar o detento”, disse Gimenez ao Politico.
“Não há mudança na política em geral”, disse. “A mudança aqui é que não precisaremos mais de uma carta do ICE para cada detento. Mas não abrimos mão do pedido de reembolso do dinheiro do contribuinte gasto na ajuda ao governo federal.”
Devido à recusa do ICE de reembolsar o condado durante o governo Obama, os vereadores do condado aprovaram em 2013 uma medida para recusar pedidos federais de detenção para imigrantes irregulares. A medida acabou incluindo o condado na lista de ‘santuários’ para imigrantes irregulares, mas as autoridades recusam esse rótulo.
Gimenez disse que a decisão de Trump de embargar o repasse de recursos federais para cidades-santuário não se aplica tecnicamente a Miami-Dade porque a ordem do presidente concentra-se nas agências que violaram uma lei federal que proíbe a obstrução de informações pedidas por agentes da imigração.
“O condado de Miami-Dade acata as leis federais e pretende cooperar integralmente com o governo federal”, escreveu Gimenez em uma carta endereçada ao departamento de correções e reabilitação do condado. “Trabalharei ao lado do Board of County Commissioners [câmara de vereadores do condado] para que possamos cumprir com esse objetivo.
