Antonio Tozzi Esportes

2016: ano do fim das ‘maldições’

A temporada de 2016 vai entrar na história do esporte mundial. Em junho, Cleveland Cavaliers, liderado pelo super craque LeBron James, protagonizou uma virada histórica que nunca havia ocorrido antes na NBA – a liga de basquete profissional dos Estados Unidos. Depois de ter ficado em desvantagem de 1 a 3 na série final diante do então campeão Golden State Warriors, de Steve Curry, MVP (Jogador Mais Valioso) da temporada regular, a equipe de Ohio reagiu e venceu a série por 4 a 3, conquistando o título da NBA pela primeira vez em sua história e, de quebra, encerrou uma estiagem de títulos para a cidade nos principais esportes coletivos disputados no país. Claro que King James foi eleito o MVP das finais e deixou Curry no ostracismo.

ϒ Chicago Cubs e o fim do martírio centenário

Ironicamente, Cleveland Indians foi vítima do próprio veneno aplicado pela equipe de basquete sobre o adversário. Após abir 1 a 3 na série final da MLB (liga profissional de beisebol), viu a equipe do Chicago Cubs ganhar três jogos em seguida e conquistar o ambicionado título de campeão da MLB após 108 anos de jejum, uma vez que o bicampeonato da equipe foi botido nas temporadas de 1907 e 1908. A partir daí, a torcida dos “Adoráveis Perdedores” somente colecionava decepções. Pois, agora, isto ficou no passado. A apaixonada torcida de um dos times da Cidade dos Ventos (Chicago também tem os White Sox) vibrou como nunca o fim da maldição e passou o bastão exatamente para Cleveland Indians que está na fila pela conquista do campeonato da MLB desde 1948. A torcida é para que eles repitam o que ocorreu com Kansas City Royals que foram à final em 2014 e foram derrotados pelo San Francisco Giants. No ano passado, porém, o time derrotou New York Mets e faturou o título que não vencia há 30 anos. Em 2004, Boston Red Sox saiu da fila ao derrotar o Chicago Cubs na final e vencer um campeonato depois de 86 anos de fila.

ϒ Andy Murray chega ao topo

Com o título conquistado no domingo (6), no Masters 1000 de Paris, o escocês Andy Murray tornou-se oficialmente número um do mundo na segunda-feira (7), acabando com mais de dois anos de reinado do sérvio Djokovic, que liderava o ranking desde julho de 2014. Outro tabu foi quebrado no ranking desta semana, com a lenda viva Roger Federer fora do top 10 pela primeira vez em catorze anos, caindo para a 16ª posição. Desde a criação desse ranking, 26 tenistas se sucederam no posto de número um, sendo que o britânico é o segundo mais velho a chegar ao topo pela primeira vez, aos 29 anos, contra 30 do australiano John Newcombe, em 1974. Djoko, por sua vez, caiu do pedestal depois de 122 semanas ininterruptas de reinado, após ter liderado o ranking durante um total de 223 semanas ao longo da sua carreira. Murray sempre foi visto como o menos dotado no quarteto dos tenistas que dominaram a ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) nos últimos anos. Além dele e de Djokovic, também figuravam o emblemático suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal. Agora, o escocês pode saborear o gostinho de ser o melhor tenista do ranking mundial.

ϒ Atlético Nacional vence Copa Libertadores pela primeira vez

Após ter feito a melhor campanha na fase de grupos da Copa Libertadores da América este ano, o Atlético Nacional de Medellin confirmou o favoritismo e ganhou pela primeira vez o título da Copa Libertadores da América, com direito a eliminar o São Paulo nas semifinais da competição. Em dezembro, o representante da América do Sul terá a difícil missão de derrotar o Real Madrid no torneio que será disputado no Japão. Além das duas equipes, participarão também os campeões da Ásia (a ser definido), Oceania (Auckland City, da Nova Zelândia), África (Mamelodi Sundowns, da África do Sul) e Concacaf (América, do México) e a equipe do país anfitrião que vencer a J League.

ϒ Outro tabu quebrado?

No domingo (13), pode haver outra quebra de tabu. Desta vez no automobilismo, mais exatamente na Fórmula 1, quando será disputado o Grande Prêmio Brasil no circuito de Interlagos em São Paulo. O alemão Nico Rosberg pode repetir o feito de seu pai Keke Rosberg, campeão na temporada de 1982, e faturar o título da Fórmula 1 na temporada de 2016. As chances de isto ocorrer são bem grandes, uma vez que ele precisa de apenas dois segundo lugares para conseguir a façanha e desbancar Lewis Hamilton, tricampeão da categoria e seu companheiro de equipe. Atualmente, Rosberg lidera a tábua de classificação de pilotos com 349 pontos seguido por Hamilton com 330 pontos. Como os dois são pilotos da Mercedes, a equipe já faturou pela terceira vez o Campeonato dos Construtores. Caso vença a prova em Interlagos, o piloto alemão conquista o título antecipadamente. A missão do piloto inglês é bem difícil. Ele precisa vencer as corridas no Brasil e em Abu Dhabi, última prova da temporada, e torcer para que seu companheiro de equipe não fique com o segundo lugar. Ou seja, tudo indica que a Fórmula 1 terá um novo rei em 2017. Enquanto isto, Felipe Massa faz sua última corrida como piloto da categoria em Interlagos e Felipe Nasr viu sua esperança esvair-se, porque a Force India escolheu o francês Esteban Ocon, da Manor, para ser o substituto de Nico Hulkenberg na escuderia. O alemão, por sua vez, transferiu-se para a Renault. Agora, Nasr tem seu futuro na categoria indefinido.

ϒ Futebol brasileiro pode marcar ressurgimento de um gigante

O Palmeiras está prestes a sagrar-se campeão do Brasileirão 2016. Se isso vier a ocorrer, o Verdão quebrará o jejum de 22 anos sem comemorar a conquista de um título nacional. O Alviverde paulista está seis pontos à frente do Santos, segundo colocado; tem sete pontos de vantagem sobre o Flamengo, terceiro colocado, e 10 pontos à frente do quarto colocado, Atlético Mineiro – aliás, este será o próximo adversário do líder, fora de casa. Além do Galo, o Verdão jogará contra Botafogo e Chapecoense no Allianz Parque e Vitória, no Barradão em Salvador. Ou seja, duas vitórias e um empate consagram o Palmeiras como campeão. Resta aguardar e torcer.

ϒ E voltam as Eliminatórias sul-americanas

Duas rodadas das Eliminatórias da América do Sul estão agitando o subcontinente. Na quinta-feira (10), jogaram Colômbia (com a volta de Falcao) x Chile (sem Alexis Sanchez); Uruguai x Equador; Paraguai x Peru; Venezuela x Bolívia, e o tão esperado Brasil x Argentina. O maior clássico da América colocou frente a frente os craques Messi e Neymar, companheiros de clube no Barcelona e adversários pelas seleçòes de seus países. As situações são diferentes para os rivais, porque o Brasil acertou-se com a chegada de Tite e hoje é líder das Eliminatórias, enquanto Edgardo Bauza vem colhendo maus resultados e a Argentina está apenas na 6ª posição, portanto, fora da zona de classificação para a Copa do Mundo na Rússia em 2018. Na terça-feira (15), na última rodada das Eliminatórias em 2016, os confrontos serão Bolívia x Paraguai; Equador x Venezuela; Chile x Uruguai; Argentina x Colômbia, e Peru x Brasil. As últimas seis rodadas que definirão os quatro classificados para a Copa do Mundo e o quinto colocado que disputará a repescagem contra o vencedor da chave da Oceania serão disputadas em 2017.

ϒ Brasileirão em tempos de definição

Após 22 anos sem poder gritar “É Campeão!”, tudo indica que a torcida palmeirense fará mesmo a festa em 2016. Restando apenas quatro rodadas para o término do Brasileirão 2016, parece muito difícil o Palmeiras perder o título. Afinal, a equipe teve apenas seis derrotas em toda competição e perdeu somente um jogo no segundo turno. Para dar chances aos adversários, precisa sofrer duas derrotas e os outros conseguirem aproveitamento de 100% – algo difícil de se prever, até porque Santos (segundo colocado) e Flamengo (terceiro colocado) terão um confront direto na 37ª rodada. Aliás, só estas duas equipes ainda podem tirar o título do Verdão que tem 90% de probabilidades de vencer o Campeonato Brasileiro contra 7% do Santos e 3% do Flamengo. Os três times já garantiram classificação para a Copa Libdertadores da América de 2017 e as outras três vagas estão sendo disputadas por Atlético Mineiro, Botafogo, Atlético Paranaense, Corinthians, Grêmio e Fluminense. Grêmio e Atlético-MG disputarão a Copa do Brasil e, caso o Galo vença, garante vaga direta no torneio. Aí, até o sétimno colocado entrará na disputa da fase Pré-Libertadores da América. Na Zona de Rebaixamento, Santa Cruz e América-MG, ambos com 27 pontos, já estão praticamente rebaixados. As outras duas vagas indesejadas devem ficar com Figueirense, que tem 33 pontos; Internacional, 38 pontos, e Vitória com 39 pontos.

ϒ Atlético Goianiense já está na Série A

O Atlético-GO já carimbou sua passagem para a Série A e praticamente faturou o título da Série B. O time de Goiânia volta à Série A depois de cinco anos. A briga pelas outras três vagas está acirrada. A grande decepção vem sendo o Vasco da Gama. Depois de ter liderado a competição durante várias rodadas, o Gigante da Colina caiu de produção e vive um drama nas três últimas rodadas. Hoje, a equipe do Rio de Janeiro é a Terceira colocada, com 59 pontos, ao lado de Bahia (2º) e de Avaí (4º). Entretanto, pelo menos mais quatro equipes ainda estão na disputa por estas três vagas: Náutico (57 pontos), CRB (55), Londrina (54) e Ceará (53). O Vasco jogará no sábado (12) contra o Bragantino. A equipe de Bragança Paulista lutará desesperadamente pela vitória pois tenta escapar da Zona de Rebaixamento, pois ocupa atualmente a antepenúltima posição na tabela de classificação. Na rodada seguinte, o Vascão enfrentará o Criciúma no Estádio Heriberto Hulse. Embora seja um jogo fora de casa, o Alvinegro carioca enfrentará uma equipe sem pretensões na competição. O time do Oeste de Santa Catarina não tem mais chances de brigar por uma vaga de acesso à Série A e nem corre risco de rebaixamento. Na última rodada, os torcedores vascaínos devem lotar o Estádio São Januário porque o Vasco da Gama terá um confronto direto com o Ceará pelo acesso à Série A. A maioria dos torcedores, mesmo das equipes asdversárias, torce pelo retorno do Vasco à Séria A. Afinal, uma equipe de tantas tradições com grande torcida não pode ficar de fora da principal competição do futebol brasileiro.

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