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House cleaner brasileira acusada de furtar $72 mil em MA não é encontrada pela Justiça

Aparecida trabalhava para Eve Dougherty, que denunciou o furto em dezembro; a acusada tinha uma audiência marcada para fevereiro, mas 'desapareceu sem deixar rastros'

A brasileira durante uma audiência no Tribunal de Charlestown
A brasileira durante uma audiência no Tribunal de Charlestown

Em dezembro do ano passado, a brasileira Aparecida Rodrigues Alves foi acusada de ter descontado nada menos que $72 mil em cheques de sua patroa, Eve Dougherty, que levou o caso à polícia em Massachusetts. Na época, ela foi presa acusada de roubo e falsificação, mas ela se declarou inocente e acabou sendo solta com a condição de entregar o passaporte para que não saísse dos EUA até a próxima audiência.

O advogado da brasileira solicitou ao tribunal que Aparecida não entregasse o passaporte, já que não tinha antecedentes criminais. O juiz Michael Coyne aceitou a solicitação do advogado e deixou a brasileira manter o passaporte. Em fevereiro, Aparecida não foi à audiência marcada para deliberação sobre o caso porque não foi encontrada pela Justiça.

“Eu sabia que ela iria desaparecer”, disse Eve, que não foi ressarcida do prejuízo. “Eu não quero ser vingativa, só quero justiça. O que aconteceu comigo foi horrível e estou apenas tentando superar, mas como vocês podem ver, eu só me dei mal”. Ela acredita que a house cleaner tenha voltado para o Brasil.

Segundo informações do U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE), a brasileira veio para os EUA em 2009 com visto de turista e nunca deixou o País. “Já informamos ao escritório de Boston que ela é uma fugitiva”, disse o ICE ao canal NBC Boston.

Entenda o caso

Durante sete anos, Aparecida trabalhou para Eve, que confiava cegamente na mulher que limpava sua casa em Charlestown (MA). Ela não tinha razões para suspeitar dela. “Nunca desconfiei de absolutamente nada. Nem mesmo um batom faltava”, disse.

No entanto, isso mudou radicalmente em outubro, quando a dona da casa percebeu algo estranho: ela encontrou um cheque em nome da brasileira Aparecida Rodrigues Alves (conhecido pelos clientes como “Amanda”), o qual ela não havia assinado.

Uma sensação de pavor tomou conta dela quando viu o cheque no valor de $2.450 e ela resolveu investigar o que estava acontecendo. Ela chegou à conclusão que mais de $70 mil havia sido furtado, inclusive da poupança para a universidade dos filhos.

Ela foi ao banco e ao analisar a sua conta, percebeu que aquele cheque estava longe de ser o primeiro a ser descontado pela brasileira. Eve encontrou oito cheques diferentes falsificados pela mulher que limpava a sua casa, durante um período de um ano. Inclusive um cheque na alarmante quantia de $23.708, que foi usado para a compra de um “carro”. O cheque é feito em nome de Aparecida Alves, em vez de Amanda Alves.

Dougherty disse que depois da fraude ser exposta, ela descobriu que a brasileira retirava os extratos bancários da pilha de correspondência, um aparente esforço para cobrir seus rastros.

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