Brasil

Jornalista brasileiro é executado por pistoleiros na fronteira com o Paraguai

Léo Veras foi morto por dois homens encapuzados enquanto jantava com a família no quintal de casa; ele estaria sofrendo ameaças

Leo Veras foi assassinado a tiros (Foto: reprodução redes sociais)
Leo Veras foi assassinado a tiros (Foto: reprodução redes sociais)

O jornalista brasileiro Léo Veras foi executado por pistoleiros na noite de quarta-feira (12) na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã, cidade sul-mato-grossense a 342 km de Campo Grande. O jornalista estaria sendo ameaçado por bandidos ligados ao tráfico de drogas. 

Léo Veras é bastante conhecido em Mato Grosso do Sul por seu trabalho. Ele era o dono de um site policial que produzia notícias da região da fronteira em português e espanhol. Frequentemente ele noticiava situações relacionadas ao tráfico de drogas.

De acordo com a Polícia Nacional do Paraguai, Léo foi atingido por cerca de 12 tiros de pistola 9 milímetros. Um dos disparos acertou a cabeça dele no momento em que ele tentou correr dos assassinos. O jornalista chegou a ser socorrido e encaminhado para um hospital particular da cidade paraguaia, mas não resistiu.

Segundo a ocorrência, Léo estava jantando com a família no quintal de sua casa. Por volta das 21 horas, dois pistoleiros encapuzados chegaram em uma caminhonete branca, entraram pelo portão que estava aberto e invadiram o local. Eles direcionaram os disparos contra o jornalista e foram atrás dele quando Veras tentou correr para a rua.

O promotor paraguaio responsável pelo caso, Marco Amarilla, informou ao G1 que apurou que o jornalista vinha sofrendo ameaças. Nos últimos dias, segundo o promotor, Léo Veras estava com medo.

“Ele recebeu ameaças nesses últimos dias. Ele estava nervoso, estava inquieto, estava temeroso. Em uma conversa que manteve com sua esposa, ele se despediu, praticamente. Ele disse: “Amor, se cuida, cuida das crianças”. Praticamente se despede de sua família. Ou seja, já sabia que iriam matá-lo”, disse o promotor paraguaio.

O Sindicato dos Jornalistas em Mato Grosso do Sul divulgou uma nota lamentando a execução do jornalista.

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