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Obama facilita entrada de turistas nos EUA

Declarando que a “América está aberta para negócios”, ele anunciou medidas para concessão de vistos

Usando o Walt Disney World na Flórida como pano de fundo, o presidente anunciou ter assinado uma ordem executiva destinada a reduzir o tempo de espera para os viajantes do Brasil e da China para obter vistos para os EUA.

Esta ordem também eliminará a necessidade de os visitantes vindos de Taiwan solicitarem vistos de entrada para visitar o país algo que cidadãos de 36 nações, a maioria da Europa Ocidental do Japão e da Austrália, já desfrutam.

E ele está tornando o programa de Entrada Global permanente, permitindo aos viajantes passar com facilidade pela alfândega em vez de se submeter às rigorosas checagens de antecedentes.

Queremos que vocês sejam bem-vindos, disse Obama em frente do Castelo da Cinderella na Disney. Temos o melhor produto para vender. Quero dizer, vejam onde estamos. Temos os destinos com mais entretenimentos no mundo. Esta é a terra das extraordinárias maravilhas naturais.

Ele deu ordem para os departamentos do Comércio e do Interior desenvolverem uma estratégia nacional de turismo que destaque os parques nacionais, e os locais históricos e culturais. E ele está acrescentando executivos de negócios para o conselho diretor de turismo.
Todos os passos, enfatizou Obama, estão sendo tomados para criação de empregos.

Facilitar a maneira como os turistas e os homens de negócios entram no país é algo que tem sido buscado pelos setores empresariais e de turismo da nação há anos. Eles têm argumentado que as severas restrições impostas para se viajar aos EUA depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 estão custando caro à nação, que está perdendo dólares dos viajantres e empregos.

Os passos que o presidente tomou hoje são significativos e impulsionarão as viagens para e dentro dos Estados Unidos, disse Roger Dow, presidente da Associação de Viagens dos EUA. Mais importante, isto levará à criação de novos empregos para os americanos e manterá nossa economia movimentando-se para a frente.

A visita de Obama a uma das maiores atrações turísticas do país para fazer o anúncio chega no momento em que os candidatos presidenciais republicanos preparam-se para invadir a Flórida, de olho na primária que se realizará no dia 31 de janeiro. E o candidato presdencial republicano Mitt Romney disse que talvez haja algum tipo de justiça poética ao ouvir o presidente falando da Terra da Fantasia.

Mas Dow contrapôs: “O momento não poderia ter sido melhor para ele. O setor de viagen é essencial para nossa nação e um tema bipartidário que pode unir nosso país e levar-nos para a frente”.

Os números de visitantes estrangeiros recuaram depois dos ataques terroristas. Os Estados Unidos emitiram 7.6 milhões de vistos em 2001, em comparação aos 6.5 milhões em 2010. Restaurar o turismo aos níveis de 2001 pode criar 1.3 milhão de empregos e injetar $860 bilhões na atividade econômica em 2020, advindos de grupos que trabalham nos segmentos de turismo e de empresas ligadas ao setor, segundo Dow.

Obama ordenou especificamente aos Departamentos de Estado e de Segurança Doméstica para incrementar a capacidade de emitir vistos no Brasil e na China em cerca de 40% este ano. Ele afirmou querer assegurar que 80% dos vistos solicitados por não imigrantes nos países estrangeiros sejam rápidos e os solicitantes sejam entrevistados num prazo de três semanas pelo pessoal do serviço consular dos EUA.

E ele quer iniciar um programa experimental para dispensar as entrevistas de viajantes de baixo risco, como aqueles que pedem a renovação de vistos ou, no caso do Brasil, os solicitantes mais jovens ou aqueles que estão solicitando o visto pela primeira vez.

Os EUA é um destino popular para brasileiros e chineses, tanto por causa do lazer como pelo lado dos negócios. Mas os atrasos na obtenção dos vistos acabava desencorajando-os, afirmaram os executivos do setor.

Nelson Martin, que trabalhou para a Disney por 16 anos antes de sair em agosto e abrir a Highstar Travel Group com foco nos turistas da América Latina, chamou o anúncio do presidente de um “grande passo” para atrair os brasileiros.

As distâncias e os tempos de espera para entrevistas a fim de receber os vistos em um dos quatro escritórios consulares no Brasil levam tanto tempo que se torna mais fácil para eles viajar para a Europa ou para o Caribe.

“Descrevemos isto como saindo de férias antes de sair de férias”, disse Martin. Se você vai a estes consulados, as filas saem para fora da porta e dão a volta no quarteirão. A demanda é incrível.

Agora, tanto turistas brasileiros como funcionários dos consulados poderão respirar mais aliviados com as facilidades para a concessão de vistos.

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