As caixas-pretas do avião que caiu após decolar da capital da Etiópia, Adis Abeba, matando 157 pessoas, foram encontradas, informou a companhia Ethiopian Airlines na segunda-feira (11). Os gravadores de dados de voo digital e de voz da cabine podem ajudar a esclarecer a tragédia, ocorrida no domingo (10).
As autoridades da China, Indonésia e Etiópia ordenaram que as companhias aéreas de seus países suspendam os voos com o Boeing 737 MAX 8, que é a versão mais recente do avião comercial mais vendido no mundo, de acordo com a agência Associated Press.
O avião era do mesmo modelo do que caiu na Indonésia em 29 outubro, deixando 189 mortos. A aeronave pertencia à companhia Lion Air e tinha três meses de uso – a investigação ainda não chegou a uma conclusão sobre a causa da tragédia.
A Gol é a única companhia aérea brasileira que utiliza o Boeing 737 MAX 8 e já opera com sete aviões do modelo preferencialmente em rotas para os Estados Unidos, América do Sul e Caribe. A empresa disse à TV Globo que acompanha as investigações sobre o acidente e que, por enquanto, não cogita a suspensão de voos.
Os oito tripulantes e os 149 passageiros que estavam a bordo do Boeing 737 MAX 8 morreram. Segundo lista divulgada pela companhia, havia passageiros de mais de 30 nacionalidades diferentes. Havia quenianos, etíopes, americanos, canadenses, franceses, chineses, egípcios, suecos, britânicos, holandeses, indianos, eslovacos, austríacos, suecos, russos, marroquinos, espanhóis, poloneses e israelenses.
“O piloto mencionou que teve dificuldades e que queria voltar [a Adis Abeba]”, afirmou o presidente da companhia aérea, Tewolde GebreMariam Medhin, em entrevista coletiva. Os controladores, então, deram autorização para ele dar meia-volta e retornar. (Com informações do G1).