A Azul Linhas Aéreas anunciou na terça-feira (28), que entrou com um pedido de recuperação judicial sob o Chapter 11 da legislação americana. De acordo com a empresa, a iniciativa foi tomada para garantir a continuidade de suas operações, preservar empregos e manter sua malha aérea. O processo permite que a companhia continue operando normalmente enquanto negocia com seus credores, protegida de ações judiciais que possam comprometer sua estabilidade.
A medida visa reestruturar uma dívida acumulada durante a pandemia de COVID-19. O CEO da companhia, John Rodgerson, afirmou que o impacto da pandemia deixou uma carga de dívidas excessiva, exigindo uma solução estruturada, e que a recuperação judicial é uma ferramenta eficaz para reequilibrar o capital da empresa sem interromper os voos e serviços.
Como parte da reestruturação, a Azul garantiu um financiamento de $ 1,6 bilhão para sustentar suas operações ao longo do processo. Além disso, planeja eliminar mais de $ 2 bilhões em dívidas e levantar até $ 950 milhões em financiamento por meio de emissão de ações após a conclusão da recuperação judicial.
A empresa brasileira também atraiu como sócias a United Airlines e a American Airlines. Cada uma delas deverá investir entre $ 100 milhões e $ 150 milhões, mas a entrada delas ocorrerá apenas após a conclusão da recuperação financeira, segundo o CEO da Azul. O vice-presidente e diretor de estratégia da American Airlines, Stephen Johnson, afirmou que o acordo complementa a parceria em curso com a Gol e a JetSmart para oferecer maior conectividade na América Latina, região em que operam desde 1942.