Comunidade

Brasileira, três filhas e o marido se recuperam depois de serem contaminados pelo coronavírus

“Vivemos um verdadeiro pesadelo, mas graças a Deus passou”, diz Evellyn, que mora em New York

As três filhas da brasileira mostram cartaz com os dizeres Hope e Faith

Fé e esperança foram as duas palavras escritas em inglês pelas filhas da brasileira e pregadas na janela da casa em que vivem em Mount Vernon, New York, depois que a família passou por dias sombrios devido ao coronavírus.

Evellyn Torres, as três filhas – de sete, cinco e três anos de idade – e o marido tiveram a COVID-19. Todos estão recuperados e aliviados de terem vencido essa doença que já infectou mais de 1.4 milhões de pessoas no mundo. Nos Estados Unidos, mais de 400 mil pessoas já tiveram a doença, sendo que somente o estado de New York contabiliza 142 mil casos e cerca de 5.500 mortes.

Ao jornal AcheiUSA Evellyn relata que tudo começou no dia 20 de março quando ela começou a sentir muita dor de cabeça, calafrios e dores pelo corpo. Os sintomas evoluíram rapidamente e, por estar se sentindo muito mal, foi para o hospital. Ela foi mandada de volta para casa e decidiu fazer o teste para o coronavírus porque a sogra, que mora com a família, está no grupo de risco para a doença.

“Logo depois de eu passar mal, meu marido começou a ter febre e dores pelo corpo. Mesmo dia em que minha filha mais velha passou mal com dores abdominais, febre alta e dor no corpo. Ela ficou tão mal, que mal conseguia andar. Decidimos ligar para a emergência e isolamos minha sogra. Minha filha estava muito desidratada e com nível baixo de oxigênio. Ficamos três dias no hospital com ela no oxigênio. Foram momentos muito difíceis, ver minha filha daquele jeito”, disse Evellyn.

Logo que chegaram em casa do hospital, a minha filha mais nova estava com febre, mas logo passou. Daí, a filha do meio começou a passar mal. “Conseguimos marcar o teste para todo mundo e todos testaram positivo para o coronavírus. Minha sogra, por sorte, não apresentou sintoma e era por ela que estávamos com mais medo”.

Ela relata que a vida da família virou de pernas para o ar nos últimos 20 dias e que a sensação é de que nunca ia passar. “Cada dia um sintoma, cada dia um da família passando mal. Eu senti muita fadiga e dor nas nas pernas, dor de cabeça, perdi o paladar e não sentia mais cheiro e gosto. Mas agora, as coisas estão melhorando. É devagar, cada dia uma coisa, mas passa”, ressalta.

Esta é a mensagem que Evellyn quer passar neste momento de angústia e incertezas. “Tomem os cuidados necessários, mas isso vai passar. Aprendemos a acreditar mais. Hoje estamos nos recuperando bem, quero agradecer pelas orações, aos amigos que trouxeram comida, que fizeram compras de supermercado. Muito obrigada”.  

Evellyn Torres
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