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Com enchentes no RS, Brasil pode ter que importar arroz e feijão, afirma Lula

O Rio Grande do Sul é o principal produtor de arroz no Brasil, uma vez que responde por 70% da produção nacional do grão

O Rio Grande do Sul é o principal produtor de arroz no Brasil. Foto: Freepik

Ao comentar os efeitos dos temporais registrados no Rio Grande do Sul no agronegócio brasileiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (7) que o país pode precisar importar arroz e feijão para equilibrar a produção e conter o aumento dos preços.

“Fiz uma reunião com o ministro [do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar] Paulo Teixeira e com o ministro [da Agricultura, Pecuária e Abastecimento] Carlos Fávaro sobre a questão do preço do arroz e do feijão, porque estavam caros. Eu disse que não era possível a gente continuar com o preço caro. Alegaram que a área plantada estava diminuindo e que havia um problema do atraso da colheita no Rio Grande do Sul.”

“Agora, com a chuva, acho que nós atrasamos de vez a colheita do Rio Grande do Sul. Se for o caso, para equilibrar a produção, vamos ter que importar arroz, vamos ter que importar feijão. Para que a gente coloque na mesa do povo brasileiro um preço compatível com aquilo que ele ganha”, completou, ao participar de entrevista a emissoras de rádio durante o programa “Bom Dia, Presidente”. 

O tema já vinha sendo tratado entre Lula e os ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura por causa da alta nos preços dos alimentos que compõem a cesta básica. Desde outubro do ano passado, o custo destes produtos seguem subindo acima da média. Em março, o governo federal declarou que esperava uma queda no preços dos alimentos até abril. No mesmo mês, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o preço da saca de arroz já reduziu de R$ 120 a R$ 100.

O Rio Grande do Sul é o principal produtor de arroz no Brasil, responsável por 70% da produção nacional do grão. Havia a expectativa de que o Rio Grande do Sul colhesse 7,5 mi toneladas de arroz em 2024, mas, devido às chuvas, o estado deve colher uma safra de no máximo 6,8 milhões de toneladas, provocando um prejuízo de R$ 68 milhões, estima o Datagro.

*Fonte: Agência Brasil e Terra

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