Estados Unidos

50 mil trabalhadores fazem 48 horas de greve em meio à crise orçamentária em L.A.

Greve afeta serviços essenciais e paralisa atividades no condado de Los Angeles.

Milhares de trabalhadores marcham pelo centro de Los Angeles no segundo dia de uma greve de 48 horas. Foto: Reprodução TV

Em uma greve de 48 horas, que iniciou na segunda (28), cerca de 55 mil trabalhadores públicos do Condado de Los Angeles, representados pelo SEIU Local 721, interromperam suas atividades e devem retomar apenas na quarta (30), a partir de 6:30 da tarde, horário local. A paralisação foi motivada por tensões nas negociações de contrato, que estão sendo dificultadas por uma série de problemas financeiros enfrentados pela região, como custos com incêndios florestais e ameaças de perda de financiamento federal. O impacto foi imediato: hospitais desviaram ambulâncias, bibliotecas fecharam e milhares de enfermeiros ficaram de fora.

A greve inclui funcionários das áreas de saúde, social, clerical e parques, e começou após o fracasso nas negociações do contrato, que expirou em março. Os líderes sindicais acusam o condado de “adiar” as conversas e de violar leis trabalhistas, incluindo vigilância ilegal dos trabalhadores. Em resposta, o executivo do SEIU, David Green, afirmou que a greve é uma demonstração de força do sindicato, após meses de negociações sem avanço. Com mais de 100 mil funcionários e quase 10 milhões de habitantes para atender, o Condado de Los Angeles está lidando com uma pressão financeira sem precedentes. Além dos custos com incêndios florestais, que podem chegar a $2 bilhões, estão enfrentando uma dívida de $4 bilhões relacionada a processos de abuso sexual. A situação foi agravada pela recente redução da classificação de crédito da cidade de Los Angeles, o que pode aumentar os custos de empréstimos essenciais para pagar as dívidas.

Em meio à greve, a preocupação é com os serviços essenciais. Fesia Davenport, executiva-chefe do Condado de Los Angeles, alertou sobre o impacto nos cuidados com pessoas vulneráveis, como crianças com deficiências graves. Além disso, ela destacou que a greve afetou diretamente a capacidade do sistema de saúde, levando a ambulâncias a desviarem para hospitais distantes, prejudicando ainda mais os moradores que dependem desses serviços.

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