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DeSantis rejeita vencedora transgênero de competição de natação e proclama vitória da 2ª colocada

Ao subir no pódio para receber o troféu, outras competidas também desprezaram a atleta e se recusaram a se juntar a ela para a foto das medalhistas

Lia Thomas, de 22 anos (foto: USA Today)
Lia Thomas, de 22 anos (foto: USA Today)

O governador Ron DeSantis emitiu uma proclamação oficial nesta terça-feira (22) reconhecendo a nadadora Emma Weyant vencedora da competição feminina de 500 jardas livres do NCAA Championship, que acontece em Atlanta, na Georgia. A atleta de 20 anos é natural de Sarasota (FL), mas participou da disputa representando a universidade da Virgínia. Ela perdeu a primeira colocação para a competidora transgênero Lia Thomas, 22, que terminou a prova em 4:33.06, contra 4:34.99 de Weyant.  

Durante uma coletiva de imprensa nesta manhã, DeSantis acusou a NCAA de permitir que atletas transgêneros “destruam o atletismo”. “Precisamos parar de permitir que organizações perpetuem fraudes”, disse o republicano, acrescentando, “eles estão colocando a ideologia à frente da oportunidade para as mulheres atletas.” Apesar do protesto do governador, o site do NCAA (National Collegiate Athletic Association) indica Thomas, que representou a universidade da Pensilvânia, como vencedora.

A rejeição à atleta, entretanto, não foi somente do governador da Flórida. Ao subir no pódio para receber o troféu, as oponentes se recusaram a se juntar à campeã no momento da foto das medalhistas. “Tento ignorar isso o máximo que posso. Tento focar na minha natação, no que preciso fazer para estar pronta para as provas. Apenas tento bloquear todo o resto. Significa o mundo para mim estar aqui”,  disse Thomas em entrevista à ESPN. Poucas pessoas na torcida a aplaudiram e ela foi alvo de insultos dos que não concordaram com sua participação na NCAA. 

 Antes de passar pelo processo de transição de gênero, Lia Thomas competiu por três anos na equipe masculina. De acordo com as regras da National Collegiate Athletic Association (NCAA), ela ficou apta a competir entre as mulheres quando completou o período de um ano de tratamento de supressão de testosterona. Em março do ano passado, a Flórida aprovou uma lei que proíbe meninas e mulheres transgênero de competir em esportes femininos. 

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