Ciência e Tecnologia Comunidade

Estudante brasileira é premiada na maior feira de ciência e engenharia pré-universitária dos Estados Unidos

Sofia Mota Nunes venceu categoria especial com projeto voltado ao tratamento de queimaduras

A brasileira afirmou que já considerava uma vitória a oportunidade de participar de um evento internacional com outros pesquisadores e propostas inovadoras (Foto: Divulgação)
A brasileira afirmou que já considerava uma vitória a oportunidade de participar de um evento internacional com outros pesquisadores e propostas inovadoras (Foto: Divulgação)

A estudante maranhense Sofia Mota Nunes, de apenas 16 anos, foi a vencedora de uma das categorias especiais da Regeneron International Science and Engineering Fair (ISEF) 2025, a maior feira de ciência e engenharia pré-universitária do mundo, realizada em Columbus, no estado de Ohio. A brasileira foi premiada com um projeto voltado ao tratamento de queimaduras e à regeneração celular, após concorrer com milhares de jovens talentos de mais de 60 países.

Natural de Imperatriz, a 629 km de São Luís, Sofia é aluna do segundo ano do Ensino Médio e venceu a categoria “Mary Kay Inc.” com o projeto “Pele artificial destinada à regeneração celular e tratamento de queimaduras”, sob orientação do professor Carlos Fonseca Sampaio. Pelo reconhecimento, a jovem recebeu um prêmio de US$ 750. Seu projeto contou com o apoio de instituições como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Mostratec – Fundação Liberato e a Febrace – USP.

Durante suas pesquisas sobre o tratamento de queimaduras de segundo grau profundo e terceiro grau, ela observou que, embora os enxertos de pele sejam o tratamento mais comum, apresentam alto risco de rejeição e custos elevados. A partir dessa problemática, Sofia desenvolveu um produto que acelera a regeneração celular com alta eficácia e ainda reduz o risco de infecções.

“Os enxertos de pele têm limitações sérias, como alto risco de infecção, rejeição pelo corpo ou tecido doador insuficiente. Foi aí que surgiu a ideia de desenvolver minha própria solução: um produto capaz de acelerar a regeneração celular e, em casos em que a pele foi totalmente necrosada, atuar como um substituto dérmico permanente”, explicou a estudante.

O orientador da estudante, professor Carlos Fonseca Sampaio, destacou que a pesquisa, além de despertar o interesse pela ciência, contribui para a criação de uma cultura de pesquisa e desenvolvimento entre os jovens. Além disso, tem impacto direto na qualidade de vida dos pacientes, reduzindo riscos de infecções hospitalares e promovendo avanços na área da saúde.

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