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França elege Emmanuel Macron para a presidência

Considerado moderado, Macron prometeu lutar contra o terrorismo

Emmanuel Macron, foi eleito presidente da França no domingo (7), derrotando sua adversária Marine Le Pen
Emmanuel Macron, foi eleito presidente da França no domingo (7), derrotando sua adversária Marine Le Pen

DA REDAÇÃO – O candidato do En Marche! (Em Marcha), Emmanuel Macron, foi eleito presidente da França no domingo (7), derrotando sua adversária Marine Le Pen, da Frente Nacional, e, aos 39 anos, se tornou o mais jovem presidente da história da França desde Luis Napoleão Bonaparte (1848-1852), sobrinho de Napoleão. As urnas foram fechadas às 20h, 15h de Brasília, e as projeções mostravam um placar de 65% a 35% a favor de Macron. As informações são do UOL.

O presidente eleito foi ministro da Economia na gestão de Manuel Valls, em 2014, após ter sido secretário-geral adjunto da presidência de François Hollande, tendo ajudado a elaborar seu programa de governo. Saiu do cargo em 2016, meses após ter fundado seu partido, definido de forma geral como “nem de direita nem de esquerda”.

Rosto novo e até a campanha pouco conhecido pela população, Macron cresceu na corrida presidencial com base no desgaste das agremiações tradicionais da cena política francesa.

Em seu discurso de vitória, Macron clamou pela união dos franceses e falou sobre o combate ao terrorismo. “Esta noite quero saudar a minha adversária. Sei porque alguns escolheram votar nela, pela raiva, angústia. É a minha responsabilidade trazê-los de volta, protegê-los melhor, garantir a segurança do país. Há caras, mulheres, filhos, famílias cujas vidas estão em causa. É por isso que estou falando para todos”, disse. “Uma nova página começou hoje. Quero que seja de confiança, de esperança. Temos que modernizar a nossa vida política, revitalizar a vida política. É a primeira missão, respeitando todos. Trabalhar nas escolas, que é onde tudo começa.”

Mesmo com a derrota, Le Pen alcançou a maior votação da Frente Nacional em sua história, com 35% dos votos projetados. Pouco mais de dez minutos após o encerramento da eleição, ela fez um pronunciamento público agradecendo a sua militância e dizendo ter telefonado para Macron, parabenizando-o pela vitória.

“Os franceses escolheram-nos para sermos a primeira oposição ao novo presidente. Os partidos elegeram Macron. No primeiro turno houve uma enorme decomposição do sistema, com uma recomposição feita entre os patriotas e aqueles a favor da globalização. Quero trazer todos juntos, os que querem defender a segurança, o modelo social de França”, disse Le Pen.

Na França, o presidente tem mandato de cinco anos, é o chefe das Forças Armadas e comanda a política externa. É também o responsável pela escolha do primeiro-ministro e tem o poder de dissolver a Assembleia Nacional, vetar leis e convocar referendos. A expectativa a partir de agora volta-se para as eleições legislativas que acontecem daqui a duas semanas, que vão determinar as margens que Macron terá para governar o país.

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