Brasil

Governo Lula prepara programa social com passagens aéreas a R$ 200

O "Voa Brasil" vai oferecer passagens aéreas a preços populares para estudantes do FIES, aposentados e pensionistas do INSS, servidores e outras pessoas com renda de até R$ 6,8 mil; a previsão é de que quase 12 milhões de passagens sejam emitidas por ano dentro do programa

Quatro aeroportos brasileiros entram na lista dos melhores do mundo. Foto: Rovena Rosa – Agência Brasil

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), anunciou na segunda-feira (13) o plano “Voa Brasil”, programa social com passagens aéreas a preços populares voltado a estudantes do FIES, aposentados e pensionistas do INSS, servidores e outras pessoas com renda de até R$ 6,8 mil. Essa parcela da população poderá comprar até duas passagens por ano ao preço R$ 200 cada. O programa prevê o parcelamento de 12 vezes por meio de financiamento da Caixa Econômica Federal. A previsão é de que quase 12 milhões de passagens sejam emitidas por ano dentro do programa.

“Hoje, nós temos em média 90 milhões de passagens aéreas emitidas por ano no país. Esse montante de viagens é feito por apenas 10 milhões de CPFs, ou seja: as mesmas pessoas voam várias vezes”, afirmou França em sua conta do Twitter. “A ideia do presidente @LulaOficial é que isso mude. Tem um monte de gente que mora distante da família e não consegue visita-la, por conta dos altos preços. E, por outro lado, tem avião decolando com cadeira vazia. Ruim para a população e para as empresas aéreas”, completou o ministro.

A oferta de passagens ficará restrita a um período específico do ano, de menor demanda nos aeroportos: da segunda metade de fevereiro até junho e entre agosto e novembro. Segundo o governo, o programa pode começar já no segundo semestre, com 5% da capacidade ociosa das aeronaves. “Descobrimos obviamente que, durante os meses intermediários, aviões saem com 21% de passageiros a menos”, afirmou França. Na avaliação do ministro, o programa vai provocar uma redução no preço geral nas passagens, uma vez que reduz a ociosidade enfrentada pelas companhias áreas. “Temos uma luta paralela, que é o preço do combustível de aviação [QAV], a gente quer que seja reduzido. Mas as companhias estão fazendo seu papel, oferecendo ao governo um voo mais barato para muitas pessoas”, disse.

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