Advogados nomeados pela juíza federal, Dana Sabraw, da Califórnia, para localizar pais de crianças imigrantes separadas ao cruzarem ilegalmente a fronteira sul dos EUA disseram que não conseguiram localizar os familiares de pelo menos de 545 menores.
A informação foi divulgada nesta terça-feira (20), pela American Civil Liberties Union (ACLU), que comunicou também que mais de mil pais já haviam sido deportados quando a juíza ordenou a reunião das famílias,em 2018.
A política de separação de pais e filhos na fronteira conhecida como “tolerância zero” foi implementada em 2018 pela administração do presidente Donald Trump. No entanto, o próprio governo reconheceu que esta medida vinha sendo realizada desde 2017 em alguns trechos da fronteira como projeto-piloto.
Mas após uma onda de indignação nos EUA e no mundo, Trump anunciou, seis semanas depois, que suspenderia a separação das famílias.
De acordo com a ACLU, quando o programa foi encerrado cerca de 2,8 mil famílias separadas permaneceram sob custódia federal.
A organização informou ainda que um grupo de voluntários procuraram pelos pais das crianças de porta em porta em países como Guatemala e Honduras. A missão foi interrompida em razão da pandemia de covid-19, mas já foi retomada, embora de forma reduzida.
“É essencial descobrir o máximo possível sobre quem foi o responsável por essa prática horrível, sem perder de vista o fato de que ainda não encontramos centenas de famílias, que permanecem separadas”, disse Lee Gelernt, do projeto de direitos de imigração da ACLU. “Há muito mais trabalho a fazer para encontrar essas famílias. Não vamos parar de procurar”, acrescentou.