A governadora do Arizona, nos Estados Unidos, Jan Brewer, ordenou na quinta-feira (24) uma investigação sobre o caso de Joseph Wood, condenado à morte, que agonizou por duas horas depois da injeção letal que possuía a mesma composição de outra polêmica execução em Ohio, há seis meses.
As autoridades carcerárias declararam Joseph Rudolph Wood, condenado à pena capital por duplo homicídio em 1989, morto uma hora e 57 minutos depois do início da aplicação do sedativo midazolam e do narcótico hidromorfona.
As testemunhas disseram que Wood, de 55 anos, continuou respirando agonizante centenas de vezes, quando a execução deveria ter sido terminada em dez minutos.
O caso reavivou hoje o debate nos Estados Unidos sobre a pena de morte, punição restabelecida pela Suprema Corte em 1976 e ainda aplicada em 32 estados.
Uma das limitações da pena de morte é a Oitava Emenda da Constituição que proíbe “punições cruéis e inusitadas”. Esse não é o primeiro caso de problemas na aplicação do líquido letal este ano. Desde 1976 foram executadas 1.385 pessoas nos Estados Unidos e há atualmente 3.070 pessoas no corredor da morte. Embora os negros sejam 12% da população norte-americana, foram 34% dos réus executados e 41% da população no corredor da morte.