Um homem identificado como Mohamed Sabry Soliman, de 45 anos, é o suspeito de lançar coquetéis Molotov contra participantes de uma marcha pacífica realizada no Pearl Street Mall, em Boulder, no estado do Colorado, no domingo (1º), em apoio aos reféns israelenses que permanecem em Gaza. Oito pessoas ficaram feridas – quatro mulheres e quatro homens –, com idades entre 52 e 88 anos. Segundo o rabino Israel Wilhelm, diretor do Chabad da Universidade do Colorado em Boulder, a vítima de 88 anos é uma refugiada do Holocausto que fugiu da Europa. Em resposta ao ataque, autoridades em outras regiões do país aumentaram a segurança em sinagogas e locais de culto, bem como as medidas de proteção para a comunidade judaica.
O agente especial do FBI, Mike Michalek, afirmou que o acusado teria gritado “Libertem a Palestina” durante o ataque, que está sendo investigado como um ato de terrorismo. Soliman foi detido no local e está sendo acusado de assassinato em primeiro grau, tentativa de homicídio e uso de explosivos. Segundo fontes, ele é cidadão egípcio, que chegou à Califórnia em 2022 com um visto de não imigrante, expirado em fevereiro de 2023, e que recentemente se mudou para Colorado Springs.
Testemunhas disseram que o suspeito usou um “lança-chamas improvisado”. Ed Victor, que participava da caminhada, contou que o grupo estava em frente ao antigo tribunal de Boulder quando, repentinamente, sentiu calor. Foi então que notou que um coquetel Molotov havia sido lançado. Ao ver que uma pessoa próxima havia sido atingida, tentou apagar o fogo, enquanto outro participante, com experiência médica, prestava os primeiros socorros à vítima.
O hospital UCHealth confirmou que duas vítimas foram transportadas de helicóptero para sua unidade de queimados. Outras quatro foram levadas ao Boulder Community Health, mas todas já haviam sido transferidas ou liberadas até a noite de domingo.
O governador do Colorado, Jared Polis, e o diretor do FBI, Kash Patel, condenaram veementemente o ataque, classificando-o como um ato de violência antissemita. O Centro Simon Wiesenthal também expressou preocupação com o aumento de ataques antissemitas no país.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou em comunicado que as vítimas foram atacadas “simplesmente por serem judeus”, e que confiava que as autoridades dos Estados Unidos processariam “o perpetrador a sangue frio com o rigor máximo da lei”.