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Advogados são suspeitos de fraudar documentos para visto americano

Falsificadores atuavam no Paraná; eles falsificavam carteira de trabalho, declaração de Imposto de Renda e outros papéis que pudessem comprovar renda

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Da Redação com G1 – Dois advogados da região de Apucarana, no norte do Paraná, são suspeitos de falsificar documentos exigidos no processo de emissão do visto americano, obrigatório para os brasileiros que querem viajar para os Estados Unidos. Segundo o delegado-chefe de Apucarana José Aparecido Jacovós, os advogados teriam vendido documentos fraudados. Foram falsificados carteira de trabalho, declaração de Imposto de Renda e outros papéis que pudessem comprovar renda, assim os trabalhadores conseguiriam entrar nos Estados Unidos legalmente.

A Polícia Civil apreendeu documentos, celulares e computadores na casa de dois suspeitos, em uma empresa e em dois escritórios de advocacia na quinta-feira (18). Os profissionais respondem ao inquérito em liberdade.

Conforme a polícia, funcionários do Consulado-Geral dos Estados Unidos em São Paulo desconfiaram que 23 trabalhadores de uma carvoaria de Mauá da Serra, no norte, pediram visto de turista, entre 2012 e 2014. A empresa, afirma a polícia, pertencia aos suspeitos.

“Quando o Consulado percebeu que se tratava de fraude, as pessoas foram encaminhadas a uma delegacia em São Paulo e lá confirmaram que compraram os documentos dos suspeitos que estão sendo investigados”, explica o delegado-chefe.

Seis pessoas confessaram à polícia que compraram os documentos falsos por valores entre R$ 1.000 e R$ 2.500. Essas pessoas devem ser indiciadas junto com os advogados investigados.

“Essas pessoas que compraram os documentos falsos podem responder pelo crime de falsidade ideológica. Obviamente, quem está produzindo essa documentação responderá pelo crime de organização criminosa, falsificação de documento público e particular, pois são crimes interligados”, detalha Jacovós.

Os advogados não foram presos porque já passou o período do flagrante. Conforme o consulado dos Estados Unidos, se essas pessoas já estão nos EUA, elas estão ilegais.

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