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Funcionários da Embaixada de Israel são assassinados a tiros em Washington

O crime ocorreu nas imediações do Capital Jewish Museum, logo após um evento organizado pelo American Jewish Committee

O casal havia anunciado recentemente o noivado e planejava oficializar a união em Jerusalém (Foto: Embaixada de Israel nos Estados Unidos)
O casal havia anunciado recentemente o noivado e planejava oficializar a união em Jerusalém (Foto: Embaixada de Israel nos Estados Unidos)

Dois funcionários da Embaixada de Israel nos Estados Unidos foram mortos a tiros na noite de quarta-feira (21) em Washington, D.C., em um ataque que as autoridades tratam como um possível ato de terrorismo antissemita. O crime ocorreu por volta das 8h30 pm, nas imediações do Capital Jewish Museum, logo após um evento organizado pelo American Jewish Committee. Testemunhas relataram que o atirador se aproximou das vítimas e abriu fogo à queima-roupa.

As vítimas são Yaron Lischinsky, 28 anos, cidadão israelense e assessor de assuntos culturais da embaixada, e Sarah Milgrim, 27 anos, americana de origem judaica que atuava no departamento de cooperação educacional. O casal havia anunciado recentemente o noivado e planejava oficializar a união em Jerusalém na próxima semana.

O suspeito, identificado como Elias Rodriguez, 30 anos, natural de Chicago, foi detido no local por seguranças e posteriormente levado sob custódia pela polícia. Segundo as autoridades, Rodriguez gritava “Palestina livre!” no momento da prisão e trajava um keffiyeh vermelho — lenço tradicional usado por homens em países árabes como Palestina, Jordânia, Síria e Arábia Saudita.

As investigações preliminares indicam que o suspeito tem histórico de participação em protestos políticos e é associado ao Partido Socialismo e Libertação. O FBI e a polícia metropolitana de D.C. conduzem uma investigação conjunta para apurar se há conexões entre o autor dos disparos e grupos extremistas, ou se o ataque foi motivado exclusivamente por ideologia política.

Nos últimos meses, instituições judaicas nos Estados Unidos têm relatado um aumento significativo de ameaças, vandalismo e protestos hostis. Em fevereiro de 2024, um militar americano se autoincendiou em frente à embaixada de Israel em Washington, em protesto contra a guerra, enquanto gritava palavras de ordem pró-Palestina.

O presidente Donald Trump condenou o ataque em pronunciamento oficial, classificando-o como “um crime hediondo movido por ódio antissemita”. O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, também se manifestou, afirmando que “a violência contra representantes do Estado de Israel no exterior é um ataque direto à diplomacia e à paz”. As autoridades israelenses e americanas prometeram reforçar as medidas de segurança nas representações diplomáticas e em eventos ligados à comunidade judaica.

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