Cidade chinesa atrai grandes grupos empresariais e gera interesse de empreendedores
Tonia Elizabeth
Diretor geral do Invest HK, Simon Galpin
Invest Hong Kong foi o evento realizado em 19 de fevereiro, que contou com o apoio do condado de Miami-Dade e da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, da Flórida.
Com um almoço no Hotel Hyatt, no centro de Miami, o diretor-geral do Invest HK, Simon Galpin, falou sobre as oportunidades e facilidades de investimento e comercialização com Hong Kong. Os demais oradores foram Lenny Feldman, do escritório de advocacia especializado em comércio internacional Sandler, Travis & Rosemberg, e Matt Novak, do setor de câmbio do Banco HSBC.
Simon Galpin começou explicando a importância de Hong Kong, que possui uma população maior do que a do Canadá e é responsável por mais de vinte e sete por cento das exportações da China. Muitos ficaram surpresos ao descobrir que não há impostos para ganhos de capital ou de circulação de mercadorias, como nos Estados Unidos, o sales tax. De acordo com Galpin, HK tem excelente nível de educação, com universidades de alto nível e vários programas de intercâmbio. Ele informou que um dos maiores investimentos do governo que tem um sistema diferente da China é em educação. O local também possui, segundo ele, o povo com o QI mais elevado do mundo.
O diretor-geral do Invest HK revelou, ainda, que HK é uma das cidades mais seguras do mundo e os roubos são quase inexistentes, comparados a outras grandes cidades. Ele enfatizou o crescimento de Hong Kong e da China como um todo, com a grande concentração de poder econômico na área. Segundo projeções, em 2020, o número de milionários na China, incluindo HK, será de três mil e setecentos milhões, com uma fortuna acomulada de cerca de 14 trilhões de dólares. Por isso, muitas marcas famosas estão investindo em lojas em Hong Kong, como Burberry e Salvatore Ferragamo. Este último tem 13 lojas em Hong Kong e apenas seis em Milão. Outras companhias decidiram instalar o escritório de operações globais em Hong Kong, como General Electric, Infiniti, Phillips, J.P. Morgan e Basf, entre outras.
O Invest HK foi criado para informar, avaliar e planejar atividades para os investidores. O órgão compartilha ideias e informações e facilita a obtenção de vistos, entre outras coisas. Segundo Simon, “não é preciso ser grande para estar em Hong Kong, mas é preciso ser bom”.
Lenny Feldman deu dicas especiais de como economizar com o uso de “bonded warehouses”, falou dos procedimentos para mercadorias em trânsito e expôs algumas facilidades logísticas para importadores e exportadores. Matthew Novak falou sobre as melhores práticas para o câmbio e operações globais.
Invest HK pretende agora também dar atenção ao Brasil, um parceiro comercial em potencial.