Imigração

Pentágono gasta $21 milhões em voos para Guantánamo; 32 migrantes estão detidos lá

Democratas criticam uso das Forças Armadas em missão considerada cara e ineficaz.

O primeiro voo militar dos EUA com migrantes deportados para a base naval de Guantánamo aconteceu em 4 de fevereiro de 2025. Foto: DHS

Os EUA já gastaram mais de $21 milhões para transportar migrantes em aviões militares até Guantánamo entre 20 de janeiro e 8 de abril, segundo dados repassados pelo Pentágono ao Congresso. No momento, apenas 32 migrantes estão detidos na base naval. O número prometido pelo governo no início do ano era de 30 mil. Desde janeiro, menos de 500 pessoas passaram por lá, e boa parte, segundo diversas fontes, teria sido trazida de volta aos Estados Unidos.

A proposta de usar Guantánamo como centro de detenção para migrantes foi anunciada no fim de janeiro. E enfrentou críticas dos democratas, que dizem que a ideia é mais um “teatro político”, sem base logística ou legal. Do outro lado, autoridades do próprio governo admitiram que a operação teve falhas e conflitos internos. Cada hora de voo com aeronaves militares tem um custo que gira em torno de $26.277.

A senadora Elizabeth Warren, de Massachusetts, classificou o uso de recursos militares como um desperdício. Warren integra o Comitê de Serviços Armados do Senado, que está questionando a legalidade e a eficácia da missão.

Ainda assim, o Departamento de Defesa se prepara para receber novos voos semanais, que já teriam sido autorizados. A Operation Southern Guard é coordenada pelo DHS, com participação do ICE e das Forças Armadas. Além dos voos com migrantes, o Pentágono também gastou quase $1,7 milhão em voos contratados para levar suprimentos e pessoal, incluindo pagamentos a empresas como United Airlines.

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