O governo dos EUA está considerando deportar pessoas sem status legal no país para a Líbia, país mergulhado em conflitos armados desde 2011. A ideia causou reação imediata: na quarta-feira (7), o juiz federal Brian Murphy emitiu uma ordem impedindo qualquer deportação para a Líbia e outros países terceiros sem notificação prévia e a chance de pedir asilo com base em medo de perseguição. A decisão reafirma uma ordem anterior que proíbe esse tipo de remoção sem o devido processo legal.
A proposta faz parte de um esforço do Departamento de Homeland Security (DHS) para endurecer ainda mais a política migratória, buscando enviar pessoas até mesmo para países com os quais elas não têm vínculo nenhum. Além da Líbia, a equipe de Trump teria discutido opções com países como Angola, Ruanda e Colômbia. A ministra de Relações Exteriores da Ruanda confirmou que houve conversas com Washington, mas não detalhou qualquer acordo.
Organizações internacionais, como a ONU, já denunciaram as condições precárias em centros de detenção na Líbia, incluindo tortura, tráfico humano e trabalho forçado. Autoridades americanas disseram à imprensa que planejam usar até aviões militares para realizar as remoções.
Trump não comentou diretamente o plano, limitando-se a dizer: “Não sei. Perguntem ao Homeland Security.” Já o secretário de Estado, Marco Rubio, foi mais claro: afirmou que a ideia é mandar “os piores indivíduos o mais longe possível dos Estados Unidos.”
Com informações da NPR.