O novo pacote fiscal defendido por Donald Trump e por republicanos no Congresso inclui cortes e isenções de impostos e um plano robusto de segurança de fronteira e deportações. A proposta destina $46,5 bilhões para retomar a construção do muro com o México, amplia o efetivo da patrulha na fronteira e cria uma taxa de $1 mil para pessoas que solicitam asilo — cobrança inédita na história dos EUA. A meta declarada é remover até 1 milhão de imigrantes por ano e ampliar para 100 mil o número de vagas em centros de detenção, incluindo famílias com crianças.
Durante a primeira audiência pública sobre o projeto, deputados democratas tentaram barrar pontos considerados extremos, como a deportação de menores cidadãos americanos ou a possibilidade de enviar pessoas com cidadania para prisões em outros países. Nenhuma das emendas foi aprovada. A proposta também cria novas taxas: $3.500 para quem quiser patrocinar a entrada de menores desacompanhados e $ 2.500 se o patrocinador faltar à audiência na Justiça.
O texto ainda prevê a contratação de 20 mil agentes extras para reforço do controle migratório. Já o orçamento militar — que recebeu cerca de $100 bilhões — foi alvo de críticas, por incluir verba para um desfile militar em junho e a criação de um estúdio de maquiagem para o secretário de Defesa Pete Hegseth.
A liderança republicana na Câmara quer votar a proposta até Memorial Day. Já os trechos sobre cortes em programas sociais como Medicaid e food stamps, além das isenções fiscais para pessoas físicas, devem ser apresentados na próxima semana.