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Spas em NY testam novas terapias contra doenças do trabalho

Quando a massoterapeuta Grace McNow ouviu o termo “polegar de Blackberry” pela primeira vez, não sabia do que se tratava. Agora, o tratamento dessa condição já virou parte importante de seu trabalho em spas.

As terapias para tratar de doenças do trabalho, tais como dor no polegar por digitar em computadores de mão, dor de pescoço por digitar em laptop, e até mesmo a irritação dermatológica decorrente de conversar no celular por muito tempo, são as novidades mais recentes dos spas diurnos, onde profissionais cansados buscam alívio ao final de um dia de trabalho.

“É a grande novidade”, disse Cindy Barshop, fundadora da rede de salões Completely Bare, de Nova York, que lançou a limpeza de pele Purity Plus para limpar poros entupidos e erupções de pele ligadas ao uso do celular.

“Estou chocada”, ela comentou, falando do Purity Plus. “Um monte de gente anda me ligando por conta disso. Acho que muitas pessoas têm esse problema.”

A limpeza Purity Plus nos salões Completely Bare, completa com máscara de ervas, tratamento à base de vapor e massagem, custa 185 dólares e leva aproximadamente uma hora.

Joe Silverman, 31 anos, foi um dos primeiros clientes a pedir a massagem “tech neck” — para combater a dor no pescoço por digitar em laptop — no Spa Diurno Dorit Baxter New York, no centro de Manhattan. “Ando sentindo muita dor por digitar em teclados e no Blackberry”, disse Silverman, proprietário da empresa de tecnologia New York Computer Help. “A gente não se cuida, quer se trate de postura ou pressão sangüínea.”

“A gente vai para casa e dorme, e quando vira de lado ou tenta se mexer, sente dor.”

Em seu spa Grateful Services, Grace McNow começou no mês passado a oferecer massagens especializadas para pessoas que apresentam “polegar de Blackberry” e “tech neck”, depois de receber pedidos de clientes. Os dois serviços estão entre os mais procurados em seu estabelecimento.

Suas massagens incluem pressão muscular profunda para relaxar ombros, pescoço e braços.

A desordem relacionada ao estresse polegar de Blackberry (o nome vem do popular aparelho digital produzido pela Research in Motion Ltd, de Ontario) foi reconhecida recentemente pela Associação Americana de Fisioterapia como doença oficial do trabalho.

Aida Bicaj, que oferece limpezas de pele para pessoas que fazem uso intensivo do celular, a 225 dólares cada, no Upper East Side de Manhattan, diz que tem muitos clientes que são profissionais estressados e funcionários de escritório que sofrem de excesso de trabalho em funções competitivas.

“Isso é acompanhado por sono insuficiente e estresse”, disse ela. “Dá para identificar o problema na cara das pessoas.”

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