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Contra recomendação do CDC, Flórida desaconselha nova vacina de Covid-19 para menores de 65 anos

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) recomendaram na terça-feira (12) a vacina para todas as pessoas com 6 meses ou mais

Joseph Ladapo, cirurgião-geral da Flórida, desaconselha nova vacina contra Covid para menores de 65 anos. Foto: Miami Herald

Os moradores da Flórida com menos de 65 anos não devem receber as novas vacinas contra Covid-19, de acordo com a recomendação do cirurgião-geral do estado, Joseph Ladapo, divulgada na tarde de quarta-feira (13). A declaração vai contra as orientações federais.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) recomendaram na terça-feira (12) a vacina para todas as pessoas com 6 meses ou mais, antes da esperada temporada intensa de gripe e Covid-19 no outono. A vacina atualizada, adaptada para proteger melhor contra uma subvariante ômicron, foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) na segunda-feira (11).

Ladapo, que foi nomeado pelo governador Ron DeSantis, anunciou sua recomendação em uma mesa redonda em Tallahassee com a presença do governador. Segundo o médico, o novo reforço foi aprovado sem dados “significativos” de ensaios clínicos realizados em humanos e sem prova da segurança e eficácia da vacina. Mas ele não exclui a vacina para moradores da Flórida com 65 anos ou mais, afirmando, em vez disso, que eles devem discutir a possibilidade de vacinação com seu médico.

“Não vou ficar parado e deixar a FDA [Food and Drug Administration] e o CDC usarem moradores saudáveis ​​da Flórida como cobaias para novas injeções de reforço que não são comprovadamente seguras ou eficazes”, disse DeSantis em um comunicado “Mais uma vez, a Flórida é o primeiro estado do país a se levantar e fornecer orientação baseada na verdade, não nos decretos de Washington”, afirmou.

Os casos de Covid-19 na Flórida aumentaram durante o verão, com quase 24 mil casos relatados na última semana de agosto. Isso é mais do que o dobro do número do mês anterior, mas os níveis de infecção permanecem muito abaixo daqueles registrados pelo estado durante os surtos das variantes delta e ômicron. A Flórida também teve 18.871 novas internações hospitalares por COVID na semana encerrada em 2 de setembro, um aumento de 8,7% em relação à semana anterior e o segundo maior número do país, atrás da Califórnia, de acordo com dados do CDC.

Mais de 90 mil moradores da Flórida morreram de COVID-19 desde o início da pandemia, de acordo com dados do Departamento de Saúde da Flórida. Aproximadamente 22% deles tinham menos de 65 anos, somando mais de 20 mil mortes.

*com informações do Miami Herald

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