Histórico

Imigrantes fazem manifestações em frente à Casa Branca

Outros grupos também procuraram chamar a atenção do novo presidente

Se em seu primeiro dia de trabalho na Casa Branca Barack Obama olhasse pela janela do Salão Oval, de onde despachava com membros de sua equipe, veria que os ativistas de entidades que defendem os imigrantes não esperaram sequer o novo presidente se inteirar de todos os problemas que terá pela frente nos próximos quatro anos. Uma manifestação ocupou as ruas de Washington DC no dia seguinte à posse, pedindo ao novo líder da nação o fim das operações do ICE (Immigration and Customs Enforcement). Centenas de pessoas participaram do ato, que começou com uma “limpeza espiritual” no edifício do Serviço de Imigração e terminou na frente à sede oficial do governo americano.

Os manifestantes lembraram, em cartazes e com palavras de ordem, que o novo presidente prometeu em campanha que promoveria a reforma imigratória em seu primeiro ano de governo. “Sentimos que hoje é o início de uma nova fase para os imigrantes, mas as mudanças precisam ser feitas logo, pois famílias estão sendo separadas”, disse o peruano Juan Pablo Muñoz, um dos participantes do ato. Da mesma forma, a estudante Erica Ayala, que foi da Califórnia para Washington assistir à posse, destacou que “imigrantes não devem ser tratados como animais”.

Praticamente ao mesmo tempo, outros grupos também promoviam suas manifestações na Pennsylvania Avenue: jovens carregando cruzes pediam o fim do aborto nos Estados Unidos, alegando que mais de 53 milhões de fetos já haviam morrido nos últimos anos antes mesmo de virem ao mundo. Perto deles, homes encapuzados e de laranja, cor dos presidiários de Guantánamo, o centro de detenção americano em Cuba, simbolizavam um dos calcanhares de Aquiles da administração Bush: as acusações de tortura dos detentos. “Pedimos o fechamento de Guantánamo, em nome dos direitos humanos”, bradava Karl Smith, que estava à frente do ato.

No dia seguinte, Obama assinou ordem executiva determinando o fechamento da prisão no prazo de um ano. A torcida agora é que o novo líder da nação também atenda aos pedidos dos imigrantes.

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