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Pai acusa funcionário da LATAM de abuso sexual contra o filho e pede $7.5 milhões na Justiça

Criança é filha de americano com brasileira e teria sido abusada ao passar a noite em São Paulo aguardando voo para Orlando; criança estava sob os cuidados da companhia aérea, que nega acusação

LATAM entra com pedido de recuperação judicial nos EUA (Foto Wikimedia Commons)

Um pai americano protocolou esta semana em Orlando (FL) um processo judicial contra a LATAM Linhas Aéreas. No processo, o pai acusa um funcionário da empresa aérea de ter abusado sexualmente de seu filho de seis anos em São Paulo, que estava viajando desacompanhado em 2018. A mãe da criança é brasileira.

De acordo com informações do processo judicial, o pai está pedindo $7.5 milhões na Justiça. Segundo o jornal New York Times, o menino estava viajando com o serviço de acompanhamento para  menor, oferecido pela companhia, de Belo Horizonte para Orlando, Flórida, com escala no aeroporto de Guarulhos (SP).

No processo, segundo o jornal, consta que a mãe do menino o deixou sob a responsabilidade de funcionários da LATAM no aeroporto de Belo Horizonte. Ele estava com os passaportes e todos os documentos necessários para a viagem dentro de uma pasta plástica pendurada em um cordão no pescoço. Em algum momento não especificado, um funcionário da companhia aérea tirou a pasta do pescoço do menino e a colocou dentro da mochila, de acordo com as informações do jornal.

Quando o garoto chegou a São Paulo, teria ficado sob responsabilidade de outro funcionário que, segundo o processo, não foi informado onde os documentos estavam e demorou para encontrá-los. Por causa da ausência de identificação, a Polícia Federal impediu o embarque do menino no voo com destino a Orlando e o funcionário só conseguiu encontrar os documentos quando o avião já havia decolado,

A LATAM decidiu então, segundo o processo, hospedar o menino em um hotel próximo ao aeroporto enquanto quatro funcionários se dividiram em turnos para supervisioná-lo durante as 15 horas seguintes, até o embarque da criança em direção ao destino final. Foi então que um dos funcionários da companhia aérea, de acordo com os acusadores, teria abusado sexualmente da criança.

O pai acusa a LATAM de não oferecer treinamento adequado para seus colaboradores, não minimizar riscos para os passageiros e falhar na supervisão de seus funcionários. “A LATAM, e o setor de aviação em geral, tinham conhecimento real do risco de menores desacompanhados durante escalas longas e de que a negligência no cuidado de menores desacompanhados pode resultar em agressões às crianças”, lê-se no processo.

LATAM nega acusações 

Em nota enviada à revista Crescer, a LATAM afirma ainda não ter conhecimento sobre o processo e reitera o compromisso com a qualificação de seus funcionários.  “A LATAM Airlines Brasil afirma que não foi notificada de nenhum processo judicial.  No entanto, está atenta a qualquer alegação dessa natureza e, desde já, se coloca à disposição para colaborar. Com relação à reclamação de 2018, informa que apurações criteriosas foram realizadas a época e não foram constatados quaisquer dos fatos, além da perda de conexão e atraso na entrega da bagagem do menor”, escreveu a empresa. “A companhia conta com equipe altamente qualificada e treinada, e tem protocolos internacionalmente aplicados a seus processos de serviço. Adicionalmente, a empresa tem valores e princípios constantes de seu Código de Conduta e um robusto Programa de Compliance. A LATAM Airlines Brasil informa que repudia veementemente qualquer tipo de violência e adota medidas para assegurar o bem-estar e a integridade dos passageiros. Esse é um valor imprescindível para a companhia, reforçado diariamente em todas as suas operações”. (Com informações do New York Times e Revista Crescer)

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