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Senador Republicano condena política de separação de crianças dos pais na fronteira dos EUA

Por volta de 2 mil crianças foram separadas de seus pais ao entrar ilegalmente na fronteira dos Estados Unidos a partir do México em um período de seis semanas; caso ganhou repercussão internacional

Imigrantes da América Central que participam da caravana em direção aos Estados Unidos fazem fila por comida em um campo de esportes em Matias Romero, Estado de Oaxaca, México. (Foto AFP Victoria Razo)
Imigrantes da América Central que participam da caravana em direção aos Estados Unidos fazem fila por comida em um campo de esportes em Matias Romero, Estado de Oaxaca, México. (Foto AFP Victoria Razo)

O senador John McCain afirmou, na noite desta segunda-feira (18), que o governo de Donald Trump deve interromper “agora” a política de separação de famílias de imigrantes ilegais. McCain é do Partido Republicano, o mesmo do presidente.

Pelo Twitter, McCain disse que a separação familiar é “uma afronta à decência do povo americano e contra os princípios e valores nos quais a nação foi fundada”.

Trump chegou a afirmar, nesta segunda-feira, que os Estados Unidos “não serão um campo de imigrantes”.

Por volta de duas mil crianças foram separadas de seus pais ao entrar ilegalmente na fronteira dos Estados Unidos a partir do México em um período de seis semanas. A informação do Departamento de Segurança Nacional dos EUA foi obtida pela agência de notícias Associated Press.

No início de maio, o governo passou a aplicar de forma rigorosa uma normativa segundo as quais as famílias que entram de forma clandestina no país são imediatamente separadas e as crianças menores levadas para instalações desconhecidas por seus pais. Quando anunciou a política de “tolerância zero”, o procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, argumentou que as crianças não poderiam ser presas com os adultos.

A medida foi elaborada e aprovada durante o governo de Barack Obama, apesar de ter sido aplicada apenas em casos excepcionais. Seu endurecimento causou polêmica nacional. A ONU denunciou uma “violação grave dos direitos da criança” e pediu o fim de sua aplicação.

No domingo (17), a primeira-dama Melania Trump defendeu um acordo bipartidário para reformular as leis migratórias. No Congresso, a oposição democrata denuncia uma prática “diabólica”. O mal-estar também se instalou entre a maioria republicana.

A ex-primeira-dama Laura Bush, mulher do ex-presidente republicano George W. Bush, criticou abertamente a abordagem republicana em um artigo publicado neste domingo no ” The Washington Post”

“Moro em um estado fronteiriço. Compreendo a necessidade de reforçar e proteger as fronteiras, mas esta política de tolerância zero é cruel. É imoral. E isso quebra o meu coração”, afirmou Laura. O tweet foi repostado pela ex-primeira dama Michelle Obama. (Com informações do G1 e agências internacionais).

Senador Republicano John McCain
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