Estados Unidos

Califórnia congela acesso de imigrantes sem documentação a plano de saúde enquanto enfrenta déficit bilionário

O programa Medi-Cal foi pioneiro ao oferecer acesso à saúde para indocumentados, mas teve custo maior do que esperado.

Governador Gavin Newsom: Califórnia foi o primeiro estado com saúde gratuita a adultos de baixa renda, independentemente de status migratório. Foto: Flickr

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, anunciou um déficit de $12 bilhões e uma medida para congelar a inscrição de imigrantes sem documentação no programa estadual de saúde Medi-Cal a partir de 2026. A expansão do programa para incluir indocumentados custou $2,7 bilhões a mais do que o previsto, e essa decisão visa economizar cerca de $5,4 bilhões até 2029. Quem já está inscrito manterá o benefício, e crianças continuam protegidas. Além disso, em 2027, adultos sem status legal terão que pagar uma mensalidade de $100 para continuar no programa.

Newsom diz que o déficit vem dos gastos maiores com saúde, mas também da economia instável, das tarifas do governo federal e da queda na arrecadação dos impostos sobre ganhos de capital, fonte importante para o estado. Ele citou o impacto das políticas econômicas, estimando redução de $16 bilhões na receita estadual nos próximos anos. A Califórnia é o estado mais populoso dos EUA e um dos que mais oferecem programas sociais, incluindo cuidados de saúde para imigrantes.

A proposta gerou críticas dos democratas e de organizações de defesa dos direitos dos imigrantes, que afirmam que a medida vai prejudicar pessoas vulneráveis, além de contrariar os valores do estado. Newsom, porém, defende a necessidade do congelamento, como modo de buscar equilíbrio nas contas públicas, e para manutenção de serviços para a população em geral.

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