Estados Unidos

Redes sociais ultrapassam TV como principal fonte de notícias nos EUA

Influenciadores digitais avançam e mídia tradicional cai, especialmente entre os jovens.

Pela primeira vez, mais americanos dizem se informar pelas redes sociais do que pela televisão. Segundo um levantamento do Reuters Institute, da Universidade de Oxford, 54% dos entrevistados nos EUA afirmaram consumir notícias por meio de plataformas digitais como YouTube, Instagram e TikTok, enquanto 50% ainda recorrem à TV.

O relatório entrevistou quase 100 mil pessoas em 47 países e aponta uma mudança profunda nos hábitos de consumo de informação: o destaque vai para o papel crescente dos chamados “influenciadores de notícias”, criadores de conteúdo que atuam fora das estruturas tradicionais do jornalismo.

Nos EUA, nomes como Joe Rogan alcançam um público que a mídia convencional tem dificuldade de atingir. Segundo o estudo, 22% dos americanos disseram ter ouvido ou visto comentários de Rogan na semana após a posse presidencial, número ainda maior entre homens jovens. Essa tendência permite, por exemplo, que certas figuras políticas escapem do escrutínio da mídia tradicional e se comuniquem diretamente com os seguidores.

O relatório reforça os desafios enfrentados pelos veículos jornalísticos estabelecidos, que vêm perdendo espaço para vozes independentes nas redes, na maioria das vezes sem os mesmos critérios editoriais de verificação e responsabilidade.

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