Imigração

Agentes usam caminhão alugado em operação de imigração

Ação ocorreu em uma loja da Home Depot de Los Angeles e resultou na prisão de cerca de 16 pessoas

Os agentes federais têm realizado prisões de imigrantes em situação irregular em locais como Home Depots, lava-rápidos, pontos de ônibus e fazendas. Alguns cidadãos americanos também foram detidos (Foto: Reprodução TV)
Os agentes federais têm realizado prisões de imigrantes em situação irregular em locais como Home Depots, lava-rápidos, pontos de ônibus e fazendas. Alguns cidadãos americanos também foram detidos (Foto: Reprodução TV)

Agentes da Patrulha de Fronteira dos EUA (CBP) saltaram da parte de trás de um caminhão de carga alugado da empresa Penske e prenderam ao menos 16 trabalhadores imigrantes no estacionamento de uma loja da Home Depot, em Los Angeles. A operação, realizada na manhã de quarta-feira (6), ocorreu poucos dias após um tribunal federal de apelações manter a decisão judicial que proíbe o governo de realizar abordagens e prisões indiscriminadas relacionadas à imigração no sul da Califórnia.

Testemunhas relataram que o caminhão estacionou no local por volta das 6h da manhã, simulando a oferta de empregos a trabalhadores que aguardavam contratação no estacionamento da loja. Ao abrir a porta traseira, agentes armados saíram do compartimento e iniciaram as prisões. Fotos publicadas nas redes sociais mostram o momento da abordagem e a presença de veículos não identificados, com outros agentes da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP), que reforçaram a operação.

A Penske Truck Rental informou que não foi comunicada nem autorizou o uso de seus caminhões para essa finalidade, e destacou que seu regulamento proíbe o transporte de pessoas na área de carga dos veículos. Em nota, a empresa declarou que entrará em contato com o Departamento de Segurança Interna para reforçar sua política de uso.

Organizações de direitos civis, como a ACLU (American Civil Liberties Union), criticaram a operação e afirmaram que ela pode ter violado uma ordem judicial temporária emitida em julho, que proíbe prisões imigratórias com base em perfil racial, idioma ou localização.

Entre os detidos estão trabalhadores da Guatemala, México, Honduras e Nicarágua. Organizações comunitárias identificaram pelo menos três vendedores ambulantes e quatro diaristas, e alertaram que outros ainda estavam sendo localizados por familiares. Segundo relatos, alguns tentaram apresentar documentos de asilo antes de serem levados.

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