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Aeroportos do sul da Flórida registram queda no número de passageiros

Entre janeiro e junho deste ano, o Miami International Airport teve redução de 1,4%, o que equivale a 400,2 mil turistas a menos

Dados da empresa Tourism Economics indicam que as chegadas internacionais com pernoite aos Estados Unidos caíram 8,2% no primeiro semestre (Foto: Sharon Hahn Darlin/Wikimedia)
Dados da empresa Tourism Economics indicam que as chegadas internacionais com pernoite aos Estados Unidos caíram 8,2% no primeiro semestre (Foto: Sharon Hahn Darlin/Wikimedia)

Após anos de crescimento contínuo, os dois principais aeroportos do Sul da Flórida registraram queda no número de passageiros no primeiro semestre de 2025, sinalizando uma desaceleração no setor de turismo, com impactos diretos na economia local.

Entre janeiro e junho deste ano, o Miami International Airport (MIA) recebeu 28,5 milhões de viajantes, uma redução de 1,4% em relação ao mesmo período de 2024, o que representa 400,2 mil pessoas a menos. Desde 2017, excluindo o ano de pandemia, não havia registro de recuo no fluxo de passageiros. Se esse ritmo continuar, o aeroporto interromperá uma sequência de quatro anos de recordes anuais.

A queda atinge tanto o tráfego doméstico, que recuou 1,6%, quanto o internacional, que caiu 1,7%. Entre os principais mercados estrangeiros, a Colômbia teve a maior retração, com 12% a menos de chegadas, seguida pela República Dominicana (-20%) e pelo Canadá (-8%). Companhias como Avianca e LATAM Airlines apresentaram reduções de dois dígitos no volume de passageiros.

Segundo o CEO do MIA, Ralph Cutie, a situação acompanha uma tendência nacional. Dados da Airports Council International apontam que, entre janeiro e março, o tráfego de passageiros nos aeroportos americanos caiu 1,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Cutie ressalta que o MIA mantém “forte demanda”, impulsionada pelo aumento na oferta de assentos de companhias como a American Airlines.

No Fort Lauderdale-Hollywood International Airport (FLL), a retração foi ainda mais acentuada: queda de 11,1% no total de passageiros, somando 16,8 milhões no semestre. As viagens internacionais recuaram 21,5%, impactadas pela redução no fluxo de canadenses, pela transferência de voos internacionais e pela suspensão de várias rotas.

O aumento da concorrência internacional, que se intensificou após a reabertura global pós-pandemia, bem como fatores políticos e econômicos, também influencia a retração. O Canadá, que era o principal emissor de turistas para a Flórida, registrou queda de 20,2% nas visitas aos EUA, reflexo de ameaças de tarifas e tensões diplomáticas. Já a diminuição de turistas vindos da América Latina foi impactada especialmente por iniciativas ligadas à imigração e por notícias sobre restrições na entrada de estrangeiros.

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