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Brasileiros protestam em site do governo dos EUA contra investigação de Trump

Humor, protestos e manifestações políticas: até empresas como a Embraer marcam a onda de comentários no site do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) contra investigação comercial do governo Trump.

Brasileiros deixam mensagens de protesto e humor em resposta à investigação comercial dos EUA. Foto: Reprodução TV

Brasileiros se mobilizaram no site do USTR (Office of the United States Trade Representative) após a agência abrir investigação sobre supostas práticas comerciais desleais do Brasil. Entre piadas, críticas e protestos, os cidadãos aproveitaram o espaço destinado a informar a “organização” que representam (normalmente empresas ou instituições), para deixar mensagens como “Aqui é Brasil”, “Pix is superior” e “You messed with the wrong country (Mexeu com o país errado)”. As manifestações públicas incluíram piadas de duplo sentido, mensagens patrióticas e até pedidos de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Empresas e associações brasileiras também se manifestaram, como a Embraer, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e o Cecafé, aproveitando o espaço para defender interesses econômicos e reforçar a postura do país. O prazo final para comentários já terminou e o recurso oficial do Brasil já foi entregue pela Embaixada do Brasil nos EUA. Como o processo é aberto a qualquer pessoa, algumas manifestações tinham cunho político ou não guardavam relação direta com a finalidade do USTR, incluindo críticas ao Supremo Tribunal Federal ou ao PT.

A investigação do USTR começou em julho, sob a Seção 301 do Trade Act de 1974, questionando práticas comerciais brasileiras em comércio digital, tarifas preferenciais, proteção à propriedade intelectual, combate à corrupção, acesso ao mercado de etanol e desmatamento ilegal. A acusação principal é de que essas práticas seriam desleais ou discriminatórias, prejudicando o comércio dos EUA.

Nos Estados Unidos, setores como o do etanol apoiaram a ação, alegando desvantagem competitiva; o governo brasileiro, por sua vez, contestou a legitimidade da investigação, argumentando que questões como tarifas e políticas digitais devem ser tratadas no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).

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