Na sexta-feira (19), empresas de tecnologia como Microsoft, Google e Amazon ficaram em alerta máximo depois do anúncio de que o presidente Donald Trump assinou uma proclamação impondo uma taxa de $100 mil para novos pedidos do visto H-1B. A reação imediata incluiu instruções urgentes para que funcionários estrangeiros retornassem aos EUA antes do domingo (21), prazo inicialmente citado como início da nova regra.
A turbulência, porém, foi desnecessária, porque a taxa de se aplica somente a novos pedidos, não afetando quem já possui visto H-1B nem renovações. O governo também esclareceu que a cobrança é única, não anual.
Segundo a Casa Branca, o objetivo da nova taxa é favorecer a contratação de trabalhadores americanos em vez de estrangeiros. O H-1B é um visto temporário voltado a trabalhadores estrangeiros altamente qualificados, especialmente em tecnologia, engenharia e ciências, permitindo residência e trabalho por até três anos, renováveis. De acordo com o USCIS, em 2019 havia mais de 580 mil portadores de H-1B nos EUA. A maioria trabalha em empresas de tecnologia e consultorias de TI, tornando o setor altamente sensível a mudanças na política de imigração.
Muitas tech companies, principalmente de Silicon Valley, emitiram comunicados urgentes para orientar seus funcionários estrangeiros sobre como agir, aumentando a sensação de confusão. Mensagens conflitantes da Casa Branca e de autoridades como o secretário do Comércio Howard Lutnick, que inicialmente afirmou que a taxa seria anual, também reforçaram a incerteza.
Economistas e especialistas alertam que, embora a reação tenha sido exagerada, a nova taxa pode dificultar a entrada de novos talentos estrangeiros, impactando áreas que dependem fortemente de H-1B.