Os Estados Unidos sancionaram Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil (STF) Alexandre de Moraes, e o Instituto Lex, entidade financeira vinculada à família. A decisão, anunciada oficialmente pelo Departamento do Tesouro na segunda-feira (22), foi tomada com base na Lei Global Magnitsky, que permite ao governo sancionar indivíduos e entidades estrangeiras envolvidas em violação de direitos humanos ou corrupção significativa.
A medida bloqueia ativos no país, proíbe transações financeiras com cidadãos e empresas americanas e dificulta operações internacionais. Além disso, instituições financeiras globais, como Visa e Mastercard, podem restringir ou suspender serviços, dada a abrangência extraterritorial da lei americana.
Segundo o comunicado do Tesouro, a ação visa coibir o uso do Instituto Lex como possível instrumento para evasão de restrições financeiras impostas anteriormente a Moraes. Especialistas destacam que, além do impacto econômico, a inclusão na lista do OFAC (Office of Foreign Assets Control) gera um efeito simbólico e político, enviando uma mensagem internacional sobre possíveis irregularidades ou suspeitas de corrupção.
A sanção é vista como uma resposta à condução do processo criminal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe, e à atuação de Alexandre de Moraes, que preside o caso. Até o momento, não foram divulgadas declarações públicas de Viviane Barci ou de representantes legais da família sobre o caso.