Estados Unidos Manchete

Serviço Secreto desmonta ameaça a comunicações antes da Assembleia Geral da ONU

Os equipamentos tinham potencial para desestabilizar o sistema de telefonia celular em grande escala e disparar milhares de mensagens criptografadas e anônimas em todo o país

A operação ocorreu poucas horas antes da abertura da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, a cerca de 35 milhas da sede da ONU (Foto: Wikipedia)
A operação ocorreu poucas horas antes da abertura da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, a cerca de 35 milhas da sede da ONU (Foto: Wikipedia)

Na manhã de terça-feira (23), o Serviço Secreto anunciou ter desmantelado uma vasta rede clandestina de telecomunicações que representava uma ameaça inédita à infraestrutura de comunicações do país. Os equipamentos, instalados em diferentes pontos da região metropolitana de Nova York, tinham potencial para desestabilizar o sistema de telefonia celular em grande escala, incluindo a interrupção de serviços de emergência e redes oficiais de comunicação.

A rede também poderia disparar, em poucos minutos, milhares de mensagens criptografadas e anônimas em todo o território americano. Segundo as autoridades, foram apreendidos mais de 300 servidores de SIM e cerca de 100 mil cartões SIM ativos ou prontos para uso.

A agência federal ressaltou que o monitoramento começou a partir de tentativas de intimidação contra funcionários do governo e de uma série de denúncias falsas envolvendo ameaças de bomba. A operação envolveu também o Departamento de Segurança Interna, o Departamento de Justiça, o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional e a polícia local.

A investigação segue com a análise dos cartões e servidores apreendidos, na tentativa de mapear os operadores da rede e seus objetivos. Dados preliminares indicam comunicações celulares entre agentes de ameaças de Estados-nação e indivíduos já monitorados por autoridades federais.

O risco de uso desse aparato como arma digital de sabotagem, especialmente em um momento de concentração de líderes mundiais, acendeu o alerta máximo entre as agências de segurança e foi considerado um dos episódios mais graves de ameaça cibernética em solo americano nos últimos anos. Para analistas de segurança, o caso expõe a crescente vulnerabilidade das infraestruturas críticas de comunicação, que se tornaram alvos estratégicos em disputas cibernéticas, além de reforçar a necessidade de cooperação internacional em ciberdefesa.

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