A Meta, empresa controladora do Facebook, removeu uma página da plataforma que estava sendo utilizada para rastrear e divulgar informações pessoais de agentes do Immigration and Customs Enforcement (ICE). A decisão foi tomada a pedido do Departamento de Justiça (DOJ) e confirmada pela companhia na terça-feira (14). De acordo com as informações divulgadas, o perfil operava a partir de Chicago e, segundo o governo, o conteúdo representava uma ameaça direta aos servidores públicos, configurando uma forma de “assédio e incitação à violência”.
A procuradora-geral Pam Bondi declarou que o grupo fazia parte de um esforço organizado para intimidar os agentes. Segundo ela, a prática violava leis federais e colocava em risco a integridade física e psicológica dos servidores e de suas famílias.
Em comunicado oficial, a Meta confirmou que removeu o conteúdo por violar suas políticas internas, que proíbem ações coletivas com potencial de causar danos a indivíduos ou instituições. A empresa, no entanto, não detalhou o conteúdo específico que motivou a exclusão da página.
O episódio reacendeu o debate entre especialistas em direito digital sobre os limites entre a liberdade de expressão e a segurança pública, e até que ponto o governo pode intervir nas plataformas privadas para restringir conteúdos considerados perigosos.