O ICE (Immigration and Customs Enforcement) deve passar por uma reestruturação para acelerar deportações nos Estados Unidos. Cerca de 12 dos 25 diretores regionais vão ser substituídos, parte deles por oficiais da U.S. Customs and Border Protection (CBP), que atua principalmente nas fronteiras.
A mudança ocorre em meio à pressão do DHS (Department of Homeland Security) para aumentar o ritmo de remoções, para atingir as metas internas. Desde o início do ano, foram registradas 600 mil deportações, pouco mais da metade do objetivo de 1 milhão até o fim de 2025. Em setembro, a média diária de detenções foi de 1.100 pessoas, quando a meta é atingir 3.000.
Hoje, mais de 60 mil migrantes estão sob custódia do ICE; o orçamento da agência subiu para $28 bilhões, com autorização para ampliar o uso de centros de detenção. A substituição de lideranças pode aumentar operações em grandes cidades, em estados como Califórnia e Flórida, além de regiões de fronteira. A pressão por resultados também pode resultar em maior presença de agentes em áreas residenciais e comerciais.
O DHS não confirmou quais escritórios regionais vão ser afetados nem o cronograma de mudanças. Também não está claro se haverá alteração nas prioridades de fiscalização, que hoje incluem pessoas com ordens de deportação, antecedentes criminais ou entrada recente no país.
Com informações da Associated Press.
