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Lula pede cooperação dos EUA contra crime organizado em conversa com Trump

A expectativa é que ministérios transformem o tom amistoso do telefonema em avanços práticos nos próximos meses

Com a retomada das negociações, os Estados Unidos voltam a ver o Brasil como um importante parceiro comercial e aliado em questões de segurança (Ricardo Stuckert/Presidência da República)
Com a retomada das negociações, os Estados Unidos voltam a ver o Brasil como um importante parceiro comercial e aliado em questões de segurança (Ricardo Stuckert/Presidência da República)

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump conversaram na terça-feira, 2 de dezembro, por cerca de 40 minutos, em um diálogo que tratou de comércio, sanções, tarifas e da construção de uma parceria inédita no combate ao crime organizado transnacional. Para o governo brasileiro, a retomada do diálogo é vista como uma oportunidade de alinhar estratégias e fortalecer as exportações para o maior mercado do mundo.

Trump, por sua vez, descreveu a conversa como “ótima” e “muito produtiva”, afirmando publicamente: “Eu gosto dele. Muita coisa boa resultará desta parceria.” A expectativa é que os ministérios envolvidos transformem o tom amistoso do telefonema em avanços práticos nos próximos meses.

Lula agradeceu a retirada de sobretaxas impostas a produtos brasileiros, entre eles café e carne, e fez um pedido explícito de cooperação mútua na área de segurança. O governo tem apontado a expansão do crime transnacional — tráfico de armas, drogas, lavagem de dinheiro e redes de migração ilegal — como uma ameaça crescente à segurança regional.

A iniciativa ocorre semanas após a intensificação das conversas com organismos internacionais, incluindo a agenda de Lula com a INTERPOL sobre o combate a facções com atuação fora do país — movimento que reforça a necessidade de apoio dos EUA, país com ampla capacidade de inteligência e operações transfronteiriças. Lula aproveitou a ligação para reforçar o pedido de cooperação dos Estados Unidos na área de segurança, considerada estratégica diante da crescente atuação de facções brasileiras com ramificações internacionais.

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