Esportes

Flamengo perde nas penalidades e PSG vence a Copa Intercontinental

Rubro-Negro foi valente, buscou a igualdade e forçou a disputa por pênaltis após prorrogação, mas errou quatro cobranças e Safonov virou herói

Safonov, o goleiro russo do PSG, foi o grande nome da decisão e herói do título contra o Fla (Foto: Paté Kroute/Wikimedia)
Safonov, o goleiro russo do PSG, foi o grande nome da decisão e herói do título contra o Fla (Foto: Paté Kroute/Wikimedia)

COLABORAÇÃO / No Ângulo do Gol / Leonardo Macedo @noangulodogol

O Flamengo batalhou muito diante do rico e poderoso PSG, mas não foi desta vez que o seu povo festejou o mundo de novo. Ficou claro, no entanto, que o Rubro-Negro é um dos clubes, senão o principal, que se vê capaz de competir com as grandes forças do Velho Continente. Em campo, era impossível escantear o favoritismo dos franceses, campeões com sobras da última Champions League, e amplificado por fatores físicos, dado que se encontram em períodos distintos da temporada em comparação ao Fla.

Teria que ser por meio do clichê da “partida perfeita”. E o Flamengo contrariou as expectativas de goleada do PSG. Salvo por um gol anulado em saída errada no começo, os erros defensivos do Fla foram escassos. Bolas perdidas pelos cariocas eram frutos da marcação intensa do Paris, que conseguia anular o meio rubro-negro. Houve um controle territorial francês, mas também períodos de jogo truncado. O gol dos comandados de Luís Enrique saiu em um raro espaço concedido pela defesa além de um erro de Rossi aproveitado por Kvaratskhelia.

Mas o guerreiro Flamengo de Arrascaeta, Jorginho e Filipe Luís, de seis troféus levantados apenas no ano de 2025, não se acanhou e reagiu. O uruguaio craque da 10 sofreu pênalti de Marquinhos (que ainda perdeu um gol inacreditável no último lance do tempo normal) e o ítalo-brasileiro ex-número 3 do mundo e multicampeão por Itália e Chelsea empatou na sua especialidade. Dembélé, vencedor do FIFA The Best entrou, porém foi bem marcado, e o Fla conseguiu manter a igualdade até a prorrogação, de poucas emoções apesar da forte pressão final da equipe parisiense.

Dadas as diferenças técnicas e financeiras entre os times, os cariocas cumpriram a missão. Era impossível imaginar um domínio técnico vindo da parte rubro-negra como se vê por diversos momentos na América do Sul e consequentemente, até para evitar um novo episódio Bayern, o Flamengo não hesitou em atuar de uma forma mais conservadora. Embora o Flamengo tenha tido alguma chance de virar via contra-ataques, a melhor oportunidade de título seria forçando os pênaltis. Pesaram no final os erros e o excesso de cartões amarelos no decorrer da partida, que forçaram um prudente Filipe Luís a substituir Jorginho, o cobrador oficial. Safonov, que tinha uma “cola” através de uma toalha vermelha, salvou quatro cobranças e garantiu o título ao PSG.

No entanto, seguem de pé o orgulho e os parabéns aos protagonistas de um novo ano mágico do Rubro-Negro, tal qual foi o ano de 2019, onde o título do Mundial também esteve próximo. Campeão da Libertadores e do Brasileirão, o Flamengo é uma máquina de faturamento e atingiu a marca de 2 bilhões de arrecadação. Elencos fortes seguirão sendo montados e, se depender do clube, algum dia a hegemonia europeia, agora detentora de 14 taças consecutivas, poderá enfim ser quebrada.

Compartilhar Post:

Baixe nosso aplicativo