No discurso de fim de ano à nação, feito na Casa Branca, o presidente Donald Trump defendeu a política migratória do governo e abordou a “reverse migration”, o movimento de imigrantes deixando os EUA ou retornando a seus países de origem. Segundo ele, essa saída estaria ajudando a aliviar a pressão sobre o mercado de moradia e empregos, aumentando a oferta de casas e vagas de trabalho para americanos.
O vice-presidente JD Vance reforçou a narrativa, afirmando que o fluxo migratório reverso estaria tornando o mercado imobiliário “menos pressionado” e, na avaliação dele, ajudando a reduzir o custo do aluguel em certas regiões. Integrantes do governo também mencionaram quedas pontuais nos valores de moradia, ligando essas mudanças à diminuição da população de imigrantes.
O tema da migração reversa faz parte da retórica do governo de conectar a saída de imigrantes a questões como custo de vida, habitação e empregos, ou seja, nesta visão, a redução do fluxo migratório beneficiaria americanos. No entanto, não foram apresentados dados oficiais ou estatísticas factuais que comprovem a relação direta com queda nos preços de aluguel ou aumento de empregos.
