Imigração Manchete

2023 foi o ano mais mortal para migrantes em uma década, diz agência da ONU

O aumento trágico de 20% em comparação com o ano anterior ressalta a urgência de medidas para prevenir mais perdas de vidas, diz ONU

Mais de 8.500 pessoas morreram em rotas migratórias ao redor do mundo em 2023. Foto: OIM / Gema Cortes

Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira (6), a Organização Internacional para as Migrações (OIM) das Nações Unidas revelou que mais de 8.500 pessoas perderam suas vidas em rotas migratórias ao redor do mundo em 2023, marcando o ano mais mais mortal já registado desde que o Projeto de Migrantes Desaparecidos da OIM começou, em 2014. O aumento trágico de 20% em comparação com o ano anterior ressalta a urgência de medidas para prevenir mais perdas de vidas, defende a organização.

A rota do Mediterrâneo continua sendo a mais letal para os migrantes, com mais de 3.100 mortes e desaparecimentos registrados no ano passado. Esse número representa o maior registro de mortes nesse ponto de passagem desde 2017. A África e a Ásia também testemunharam um aumento alarmante no número de mortes de migrantes, com 1.866 e 2.138 mortes registradas, respectivamente. A OIM observou que muitas dessas mortes ocorreram no deserto do Saara, na África, e durante a travessia marítima em direção às Ilhas Canárias, enquanto na Ásia, refugiados afegãos e rohingyas foram afetados. Mais da metade das mortes registradas em 2023 resultaram de afogamentos, com acidentes de veículos e violência contribuindo para outras porcentagens significativas.

Em 2022, a fronteira entre os Estados Unidos e o México foi a rota terrestre com mais mortes para migrantes do mundo. Segundo a OIM, foram 686 mortos ou desaparecidos no trajeto. Quase metade das 1.457 mortes e desaparecimentos de migrantes nas Américas ocorreram nessa via naquele ano.

Desde sua criação, o Projeto Migrantes Desaparecidos registrou mais de 63.000 casos em todo o mundo, embora se acredite que o número real seja muito maior devido a desafios na coleta de dados, especialmente em áreas remotas.

*com informações da Reuters

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