Quase metade das famílias que vivem na Flórida têm dificuldades para lidar com despesas básicas, segundo o novo relatório da United Way. O estudo mostra que 47% dos lares no estado estão abaixo do chamado “limite ALICE” – em inglês, “Asset Limited, Income Constrained, Employed”, que descreve trabalhadores com renda estável, mas ainda assim, insuficiente para cobrir o custo de vida. São professores, enfermeiros, operadores de caixa e outros profissionais essenciais que, apesar de empregados, enfrentam obstáculos como pagar moradia, alimentação, transporte e cuidados infantis.
O relatório revela que mais de 4 milhões de famílias na Flórida se encaixam no perfil. Para completar, embora ganhem acima do limite da pobreza federal, são famílias não se qualificam para programas públicos de assistência. Apenas Louisiana, Mississippi e Nova York apresentam percentuais mais altos de famílias em situação semelhante.
O relatório aponta os principais fatores por trás desse cenário, que claro, inclui o aumento acelerado no custo de vida — especialmente com aluguel e creche — e salários que não acompanham essa alta. O fluxo de novos moradores durante e após a pandemia pressionou ainda mais os preços. Segundo a United Way, uma família de quatro pessoas na Flórida precisa de cerca de $86 mil por ano para despesas básicas, um valor bem acima da média salarial da maioria das profissões citadas.
O presidente da Florida Chamber of Commerce, Mark Wilson, afirmou que, sem ações concretas para melhorar a acessibilidade e os salários, muitos trabalhadores poderão ser forçados a deixar o estado, o que por sua vez, afetaria a estabilidade de comunidades e também a economia local.