A possível mobilização de agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) e da Proteção de Fronteiras (CBP) para garantir a segurança durante a Copa do Mundo de Clubes da FIFA, que começa no sábado (14), tem gerado forte preocupação entre defensores dos direitos dos imigrantes. A CBP publicou nas redes sociais que estaria “preparada e pronta para fornecer segurança durante a primeira rodada de partidas”, incluindo a partida de abertura de sábado, entre o Inter Miami e o egípcio Al Ahly, que será disputada em Miami, na Flórida.
Embora a publicação tenha sido posteriormente apagada, ela gerou preocupações sobre possíveis abordagens de imigração durante o evento. Em comunicado, o ICE informou que torcedores que não são cidadãos americanos devem portar a documentação que comprove sua situação legal nos Estados Unidos.
Especialistas apontam que a presença de agentes imigratórios em espaços esportivos pode afetar diretamente a participação do público e manchar a imagem do evento. O porta-voz da Florida Immigrant Coalition, Thomas Kennedy, acusou as autoridades de intimidar comunidades imigrantes, criando um ambiente de medo.
“Estão transformando um torneio internacional em um espaço de fiscalização imigratória. Isso não é segurança pública, é intimidação”, declarou.
Relatos apontam que grupos de torcedores, especialmente da América Latina, optaram por cancelar reuniões públicas para assistir aos jogos, com receio de possíveis batidas imigratórias. Entre eles estão fãs do Flamengo, que planejavam eventos comunitários para acompanhar as partidas do clube brasileiro.